EUA confirmam 'ameaça à segurança nacional' relacionada a arma da Rússia

A Casa Branca confirmou que a "ameaça à segurança nacional" revelada na quarta-feira (14) por um congressista está relacionada a uma arma para destruir satélites que a Rússia está desenvolvendo, segundo reportado pela emissora CNN. O governo americano reforçou, porém, que não há perigo imediato.

O que aconteceu

Governo dos EUA confirmou ameaça divulgada por congressista. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse hoje que há uma arma antissatélites em desenvolvimento pela Rússia. Ontem (14), o deputado republicano Mike Turner já havia compartilhado com os membros do Congresso informações sobre uma "séria ameaça à segurança nacional", sem dar mais detalhes.

Arma antissatélite desenvolvida pela Rússia ainda não foi implantada. "Embora os esforços da Rússia por essa capacidade específica sejam preocupantes, não há ameaça imediata à segurança de ninguém", reforçou Kirby. "Não estamos falando de uma arma que pode ser usada para atacar pessoas ou causar destruição no planeta Terra".

Imprensa local já havia antecipado que caso tinha relação com a Rússia. Fontes ouvidas pela emissora CNN disseram que as informações obtidas são "muito sensíveis" e se referem a uma capacidade "altamente preocupante e desestabilizadora" dos russos. Já a agência Reuters noticiou que o caso tem relação com a operação da Rússia no espaço, também segundo fontes.

'Não é motivo para pânico'

Senadores disseram estar monitorando "rigorosamente" o caso. "Continuamos levando este assunto a sério e estamos discutindo uma resposta apropriada com o governo. Enquanto isso, precisamos ter cuidado para não divulgar fontes e métodos", disse um comunicado divulgado ontem por Mark Warner e Marco Rubio, presidente democrata e vice-presidente republicano do Comitê de Inteligência do Senado.

Para deputado, alerta de Mike Turner "não é motivo para pânico". A declaração foi feita por Jim Himes, principal democrata no painel de inteligência da Câmara.

O Comitê de Inteligência do Senado tem a informação em questão e tem monitorado esse assunto rigorosamente desde o início. Continuamos levando este assunto a sério e estamos discutindo uma resposta apropriada com o governo. Enquanto isso, precisamos ter cuidado para não divulgar fontes e métodos que podem ser fundamentais para preservar a gama de possíveis ações por parte dos EUA.
Mark Warner e Marco Rubio, em comunicado

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Operação do FBI

Mais cedo, FBI disse ter bloqueado operação de espionagem russa. De acordo com o diretor do FBI, Christopher Wray, a ação foi conduzida pelo Departamento Central de Inteligência russo (GRU) e hackeou mais de mil roteadores domésticos e de pequenos negócios. A rede também era usada para espionar aliados dos EUA na Europa.

Agência russa usou software específico para se infiltrar nos aparelhos. O malware Moobot foi instalado nos roteadores e usado pelo GRU para transformá-los em uma "plataforma global de espionagem cibernética", segundo o Departamento de Justiça. A operação mirava "alvos de inteligência" de interesse do governo russo, como organizações militares e e de segurança dos EUA e seus aliados.

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