Restos de mastodontes de mais de 11 mil anos são descobertos nos Andes peruanos

Os restos fósseis de três mastodontes com mais de 11 mil anos de idade foram encontrados na região centro-andina de Junín, no Peru, em setembro, conforme informaram os pesquisadores responsáveis pela descoberta.

"Foram descobertos os restos de três mastodontes em bom estado de conservação, que datam da era do Pleistoceno", disse à AFP o paleontólogo Iván Meza, do Instituto Geológico, Minero e Metalúrgico (Ingemmet).

O achado ocorreu em uma área selvagem no distrito de Chambará, em Junín, cerca de 290 km a leste de Lima. As escavações haviam começado em 2019.

"É uma descoberta única no Peru. O local pode ser um sítio de megafauna com restos de outros animais do Pleistoceno", período que começou há 2,6 milhões de anos e terminou há 11.700 anos, destacou o pesquisador.

Os mastodontes poderiam medir até três metros de altura, acrescentou Meza.

Entre os restos encontrados estão presas, fêmures, tíbias, fíbulas (perônio), costelas, ulnas (cúbito), dentes e outras partes.

Os mastodontes eram mamíferos proboscídeos (com tromba), pertencentes à família já extinta dos gonfotéridos (Gomphotheriidae), parentes extintos dos elefantes.

Esses mastodontes vieram da América do Norte quando o istmo do Panamá se fechou completamente, há cerca de 3 a 4 milhões de anos, durante o Grande Intercâmbio Biótico Americano, colonizando a América do Sul.

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