Ministro diz que Lula nunca criticou o povo judeu ou negou o Holocausto
O ministro Paulo Pimenta, da Secom, rebateu o chanceler israelense Israel Katz e disse que ele "distribui conteúdo falso" sobre o presidente Lula.
O que aconteceu
Atribui opiniões que jamais foram ditas por ele. Pimenta voltou a defender Lula e negar que o presidente brasileiro tenha dirigido críticas ao povo judeu ou negado o Holocausto.
"Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu, que já matou mais de 30 mil palestinos, entre eles, 10 mil crianças", ressaltou.
"Condenou como terroristas os ataques do Hamas contra o povo de Israel". O ministro lembrou que, durante a presidência do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil apresentou uma resolução de imediato cessar-fogo, "comprovando o compromisso do país com a paz na região".
"Historicamente o Presidente Lula defende a coexistência de dois Estados como solução definitiva para o conflito entre Israel e Palestina", afirmou.
O Governo Netanyahu se nutre da guerra para se manter no poder. A maioria da população israelense rejeita a política extremista do governo e a comunidade internacional cobra o fim dos ataques em Gaza. Isolado, o governo de Israel adota prática da extrema-direita e aposta em Fake News para tentar se reafirmar interna e internacionalmente.
Paulo Pimenta, ministro da Secom
O chanceler de Israel, @Israel_katz , distribui conteúdo falso atribuindo ao Presidente @LulaOficial opiniões que jamais foram ditas por ele. Em nenhum momento o presidente fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o holocausto. Lula condena o massacre da população civil de Gaza?
-- Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) February 20, 2024
Israel cobra desculpas e ironiza Lula e o Brasil
Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a cobrar desculpas de Lula. Ele também disse que o presidente do Brasil deu "cuspe no rosto de judeus brasileiros" com afirmações sobre guerra.
"Que vergonha. Sua comparação é promíscua, delirante. Vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros. Ainda não é tarde para aprender História e pedir desculpas", disse Katz ao marcar o perfil do presidente brasileiro em mensagem em português publicada no X (o antigo Twitter).
Depois, o governo de Israel ironizou Lula e o Brasil em publicação nas redes sociais. A conta oficial é gerenciada pelo ministério das Relações Exteriores de Israel.
O perfil usou uma publicação que questiona "o que vem à sua mente quando você pensa no Brasil?" para iniciar o debate. A publicação do governo de Benjamin Netanyahu responde e questiona: "Antes ou depois de Lula ter negado o Holocausto?". Em 2010, o presidente Lula visitou o Museu do Holocausto, em Israel.
Before or after @LulaOficial went full on Holocaust denier? https://t.co/lI5tuLLL3o
-- Israel ????? (@Israel) February 20, 2024
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