Conteúdo publicado há 8 meses

Alemanha vai indenizar brasileiras presas com malas trocadas

A Justiça da Alemanha decidiu que as brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que foram presas após terem as malas trocadas por bagagens com drogas, devem ser indenizadas.

O que aconteceu

Valor da indenização ainda não foi definido. O Ministério Público do estado alemão de Hessen tem sete dias para recorrer.

Lei local estabelece 75 euros por dia de prisão injusta. Segundo a advogada Chayane Kuss, que representa as duas na Alemanha, o valor total deve ser de no mínimo 2.850 euros (aproximadamente R$ 15 mil).

Indenização será paga pelo estado de Hessen. As duas ficaram presas sob a acusação de tráfico internacional de drogas em Frankfurt, uma cidade do estado. A decisão é da última quinta-feira (29).

Advogada classificou decisão como "marco importante". "Foi já um passo muito importante poder ler uma decisão judicial, quer dizer, oficialmente por escrito que o estado deve indenizar pela prisão injusta. Foi muito emocionante para elas, também. É um marco importante", disse Chayane Kuss.

Relembre o caso

Jeanne Paolini e Kátyna Baía foram presas em uma escala em Frankfurt no dia 5 de março de 2023. A detenção do casal ocorreu após as duas terem as etiquetas das bagagens trocadas.

Organização criminosa trocava etiquetas. As malas que viajaram para a Alemanha tinham cocaína e foram apreendidas pela polícia.

Imagens mostraram ação do grupo. Câmeras de segurança ajudaram a polícia a identificar a atuação da organização criminosa, conforme explicou o delegado da Polícia Federal de Goiás, Bruno Gama.

Continua após a publicidade
Funcionário tira a etiqueta da mala de brasileira presa na Alemanha
Funcionário tira a etiqueta da mala de brasileira presa na Alemanha Imagem: Reprodução/ TV Globo

As brasileiras deixaram a prisão em 11 de abril e chegaram ao país três dias depois. A soltura ocorreu após autoridades alemãs terem analisado vídeos enviados por autoridades brasileiras. As provas tinham o objetivo de comprovar a inocência das brasileiras, de acordo com a PF. Logo após chegarem ao Brasil, Kátyna disse à TV Anhanguera que elas foram "mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã".

Kátyna e Jeanne ficaram 38 dias presas na Alemanha. Suas malas tiveram as etiquetas trocadas ainda no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

As etiquetas com os nomes delas foram parar em malas que continham 40 quilos de cocaína, segundo a Polícia Federal. Elas foram presas em Frankfurt, na Alemanha, no dia 5 de março.

Kátyna postou no Instagram um desenho que fez para mostrar como era a prisão em que estavam. A ilustração mostra 11 guardas armados e fumando num pátio e uma espécie de torre de vigia no centro do local.

Em desenho, Katyna Baía mostra como era prisão em que ficou na Alemanha
Em desenho, Katyna Baía mostra como era prisão em que ficou na Alemanha Imagem: Reprodução/Instagram
Continua após a publicidade

Deixe seu comentário

Só para assinantes