Sakamoto: Milei escancara machismo ao escolher mulher de premiê como alvo
O ataque à esposa do primeiro-ministro da Espanha escancara o machismo do presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News desta terça (21).
Ele poderia ter atacado os homens envolvidos na situação, mas decidiu atacar a mulher, o que também diz bastante sobre o machismo do Milei, o machismo latinoamericano.
O Milei usou como justificativa inicial que ficou irritado porque o ministro dos Transportes da Espanha havia cutucado ele. E como é que ele responde? Ele xinga o ministro dos Transportes? Não. Ele xinga o primeiro ministro espanhol? Não. Ele ataca a esposa do primeiro ministro espanhol, ou seja, uma pessoa que não tinha absolutamente nada a ver, ele traz ela pra dentro e ataca ela. Leonardo Sakamoto
Sakamoto destaca que as atitudes do presidente argentino têm objetivo de gerar confusão e mobilizar grupos de extrema-direita visando as eleições.
O objetivo de tudo isso é gerar barulho e irritar uma parte dos socialistas na Espanha, irritar a esquerda e a centro-esquerda dentro da União Europeia neste momento que antecede as eleições.
É como se fosse um apito de cachorro, você gera toda essa confusão e esse grupo de extrema-direita fica mais mobilizado, mais articulado, visando as eleições que estão chegando. Leonardo Sakamoto
O que aconteceu
Governo espanhol retirou de forma definitiva a embaixadora na Argentina. A medida foi tomada após o presidente argentino chamar mulher do premier espanhol de "corrupta". A declaração, dada em comício organizado pela extrema direita espanhola em Madri, gerou uma crise sem precedentes entre os dois governos.
Decisão foi anunciada hoje pelo ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares. Madri já havia sinalizado na véspera que não descartava um rompimento das relações com Buenos Aires pouco depois de convocar o embaixador argentino Roberto S. Bosch para exigir um pedido público de desculpas.
A retirada do representante diplomatico é o último passo antes de uma ruptura diplomática completa entre dois países.
Sakamoto: Popularidade maior pode alavancar sonho presidencial de Leite
O crescimento da popularidade digital de Eduardo Leite (PSDB) em meio à tragédia no Rio Grande do Sul pode impulsionar os planos do governador de se lançar como candidato à presidência da República em 2026, afirmou Leonardo Sakamoto.
Com a tragédia, Leite acaba sendo catapultado e sobe por conta dessa visibilidade, embora seja criticado pelo que aconteceu com medidas ambientais durante seu governo. Mas ele está em evidência. É claro que, com uma injeção com popularidade maior e a depender do que fizer na tragédia, pode ajudar a alavancar e tentar tirar da gaveta o sonho presidencial de Leite. Mas ainda é muito cedo. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Raquel Landim: José Dirceu está em busca da redenção nas urnas
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Quero receberEm meio à expectativa do julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que pode extinguir sua pena por corrupção passiva na Lava Jato, José Dirceu almeja retomar a carreira política e se redimir nas urnas, analisou Raquel Landim A colunista vê uma tentativa do governo Lula em "reescrever a História" em relação às investigações da Lava Jato.
José Dirceu quer a redenção. Ele colocou isso de uma maneira muito clara quando esteve no Senado recentemente e não cruzou de lá para a Câmara dos Deputados de propósito. Dirceu atendeu a um convite do Senado para falar sobre a ditadura, mas já disse em várias conversas que só cruza para a Câmara quando tiver um mandato eletivo novamente. Ele quer essa redenção e essa resposta das urnas. Dirceu sente a necessidade de receber esse respaldo do voto e, com isso, voltar ali para dar esta resposta política. Raquel Landim, colunista do UOL
Lei não deve vigiar expressões, mas refletir riqueza da língua, diz ex-juiz
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes acerta ao suspender leis que proíbem o uso e o ensino da linguagem neutra, disse o ex-juiz eleitoral Márlon Reis. Para o advogado, a decisão de Moraes apenas respeitou os princípios constitucionais e evitou um problema ainda maior.
Não é o Estado quem vai estabelecer esses tipos de diretrizes. Isso é o que decorre quando se analisa a Constituição. Lá não estipula uma caixa, um ambiente quadrado, fechado, 'puro', de expressão linguística. O que hoje pode ser chocante para alguns, amanhã pode ser um padrão. A língua é algo vivo e a lei deve refletir essa vida e riqueza de expressões culturais e filosóficas. Márlon Reis, ex-juiz eleitoral
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