Sakamoto: É a direita democrática que pode barrar extrema direita na Europa
Não é a esquerda que pode barrar a extrema direita na Europa, mas sim a direita democrática que disputa diretamente os mesmos eleitores, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto durante participação no UOL News 2ª Edição nesta segunda-feira (10).
Os resultados parciais da eleição do Parlamento Europeu no último domingo (9) mostraram a maior guinada à extrema direita no continente e levou o presidente da França, Emmanuel Macron, a dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições legislativas antecipadas.
A extrema direita cresceu [na Europa]. É preocupante e um aviso para o pessoal saber que as coisas estão mudando. Contudo, a direita democrática continua maioria e deve (...) se manter no poder na União Europeia, ou seja, não é o fim do mundo ainda. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Tem um ponto que é o seguinte: não é a esquerda ou a extrema esquerda que faz um contraponto direto à extrema direita, é a direita democrática que é a mais capaz de fazer o contraponto com a extrema direita, porque é quem está disputando eleitores diretamente. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Os países em que a direita democrática saiu perdedora, precisa se olhar em lupa, ver o que está acontecendo, buscar soluções naquela região exatamente porque essa direita democrática é capaz de barrar o avanço dessa direita não democrática. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Sakamoto diz que há uma possibilidade de evitar que grupos extremistas ideológicos de direita ganhem ascensão.
Como você evita a ascensão desses grupos? Melhora a qualidade de vida. Isso vale para lá e para cá. Tanto é que os países nórdicos em que você tem um estado de bem-estar social muito forte, controlados pela esquerda lá na sua grande maioria, (...) você não teve esse problema [de avanço da extrema direita] como teve em outros países em que o estado de bem-estar social está se degradando como na França e em outros lugares. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Ao mesmo tempo isso é interessante porque, aqui no Brasil, a gente discute bastante que a eleição de 2026 não vai ser decidida na mamadeira de piroc*, nas fake news sobre sexo e comportamento, não vai. Vai ser definida pelo custo de vida para saber se as pessoas vão estar podendo comprar mais arroz, feijão, produtos da linha branca (...) do que podiam em 2022. Porque a população, como diria a Maria da Conceição Tavares que nos deixou, a população não come PIB. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
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