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Kamala diz a Netanyahu que 'não ficará calada' diante de sofrimento em Gaza

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta quinta-feira (25) e disse ao premiê que "não ficará calada" diante do sofrimento da população na Faixa de Gaza.

O que aconteceu

Kamala citou os nomes de norte-americanos mantidos reféns em Gaza. Em pronunciamento após o encontro com o primeiro-ministro, ela disse que entrou em contato com as famílias dos reféns para prestar solidariedade e dizer que não estão sozinhos. Kamala é possível candidata democrata às eleições americanas em novembro. Na sexta-feira (26), Netanyahu viajará para a Flórida para se encontrar com Donald Trump, ex-presidente e candidato republicano à Presidência do país.

"É hora de fechar esse acordo", declarou Kamala ao premiê. A democrata se referiu ao acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, além da liberação de reféns. "Então, para todos os que estão esperando por esse cessar-fogo e para todos que pedem a paz: eu vejo e ouço vocês. Vamos concluir esse acordo para termos um cessar-fogo e encerrar essa guerra. Vamos trazer os reféns para casa. E vamos levar alívio para a população palestina", declarou.

A vice-presidente também explicou que expressou sua "preocupação" com a população na região, incluindo a "morte de civis inocentes". "Deixei clara a minha preocupação sobre a situação humanitária, com mais de dois milhões de pessoas sofrendo com altos níveis de insegurança alimentar", acrescentou a democrata.

O que aconteceu em Gaza nos últimos nove meses é devastador. As imagens de crianças mortas e pessoas desesperadas e famintas, fugindo em busca de segurança, às vezes deslocadas pela segunda, terceira ou quarta vez. Não podemos desviar o olhar diante dessas tragédias. Não podemos nos permitir ficar insensíveis ao sofrimento, e não ficarei calada.
Kamala Harris, vice-presidente dos EUA

Apesar das declarações, a democrata também demonstrou o seu apoio a Israel. Kamala apontou ter um "compromisso inabalável com a existência do Estado de Israel, com sua segurança e com o povo local", acrescentando que o país tem direito de se defender.

Por fim, democrata fez pedido aos norte-americanos. Ela solicitou que os esforços fossem para "reconhecer a complexidade, a nuance, a história da região", ainda pedindo que todos condenem o terrorismo, a violência, o antissemitismo, a islamofobia e o ódio de qualquer tipo, e "fizessem o que pudessem" para evitar o sofrimento de civis inocentes.

Vamos liderar [as ações] pelo fim permanente das hostilidades em Gaza. É tempo dessa guerra acabar. E terminar de uma forma real e segura. Com todos os reféns libertados, com o fim do sofrimento dos palestinos em Gaza. E que os palestinos possam exercer o seu direito à liberdade e dignidade.

Biden também pressionou Netanyahu

Em encontro, Joe Biden instigou o premiê a buscar um cessar-fogo na guerra. Essa foi a primeira conversa presencial entre os dois líderes desde que Biden viajou para Israel dias após o ataque do Hamas contra o país, em 7 de outubro, quando abraçou Netanyahu e prometeu o apoio dos Estados Unidos.

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Ainda há lacunas entre Israel e membros do Hamas para estabelecer o cessar-fogo. O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que, apesar das dificuldades, "estamos mais perto do que nunca" do objetivo. "Ambos os lados precisam fazer concessões", acrescentou Kirby.

(Com Reuters)

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