Quem vai substituir líder político do Hamas morto no Irã? veja cotados
A morte do líder político e principal interlocutor do Hamas Ismail Haniyeh, 62, abre espaço para a ascensão de um novo nome ao cargo, que tem pelo menos três cotados principais a assumir o posto.
Haniyeh era membro do Hamas desde a fundação do grupo extremista em 1987. Para sucedê-lo, o grupo deve escolher um nome forte, segundo o autor Azzam Tamimi, especialista quando o assunto é o grupo palestino, que está em guerra contra Israel desde outubro de 2023. Veja quem pode suceder Haniyeh.
Moussa Abu Marzouk
Marzouk é vice-líder do Hamas, segundo a BBC Britânica. Nascido em Rafah, Gaza, o palestino de 72 anos participou da fundação do Hamas.
Atualmente, Marzouk reside em Doha, no Qatar, e se recusou a aceitar que o Hamas matou civis no ataque contra Israel em outubro do ano passado. Ele já foi preso nos Estados Unidos, passou dois anos detido, e hoje transita em posição de liderança pelos países árabes, o que lhe confere autoridade ao cargo.
Khaled Meshal
Meshal tem posição de destaque na alta cúpula do grupo extremista. Ele, que presidiu o gabinete político do Hamas entre 1996 e 2017, é apontado por Tamimi como uma pessoa capaz de "trazer mais unanimidade" para o Hamas, por isso desponta como um dos favoritos a substituir Haniyeh.
Assim como Marzouk, Meshal também reside em Doha, e é o chefe do escritório do grupo extremista no Qatar. O palestino foi perseguido por anos pelo serviço secreto de Israel, mas nunca foi capturado.
Khalil al-Hayya
Khalil é cotado para a posição de liderança do Hamas por ser o atual vice-chefe de gabinete político do grupo. Ele tem posição de destaque no Hamas desde 2006 e é um dos principais mediadores de um cessar-fogo no atual conflito.
Defensor da criação de um Estado Palestino independente. Em recente entrevista à Associated Press, ele disse que o Hamas está disposto a uma longa trégua no conflito contra os israelenses, desde que o estado judeu concorde com a independência do estado palestino. Khalil al-Hayya, vale ressaltar, teve a esposa e os três filhos mortos durante um ataque feito por Israel direcionado a ele em 2007.
Morto de líder político do Hamas
O líder político e principal interlocutor do Hamas Ismail Haniyeh, 62, foi assassinado durante viagem a Teerã, no Irã, nesta quarta-feira (31). A morte de Haniyeh aumenta as tensões de uma guerra regional, após o Irã prometer se vingar.
Israel reagiu às ameaças e disse estar preparado para a guerra. Yoav Gallant, ministro da Defesa israelense, informou que o estado judeu prefere evitar uma guerra, mas que está "preparado para todas as possibilidades".
Novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que o país defenderá sua integridade territorial. "Israel se arrependerá pelo assassinato covarde", afirmou ele. O assassinato escancara a falha de segurança por parte do Irã e, segundo diplomatas, pode levar iranianos a retaliar Israel para manter sua credibilidade diante das forças políticas internas, apurou o colunista do UOL, Jamil Chade.
Autoridades palestinas e governos da Turquia, Qatar, Irã e Rússia condenaram o assassinato. O próprio Hamas indicou que o ato representa uma "escalada grave" na guerra e que não ficará impune.
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Quero receberEstados Unidos e outros atores globais fazem esforços diplomáticos para que a resposta do Irã seja proporcional, e não gatilho para uma guerra regional. A morte também pode enterrar as negociações de um cessar-fogo em Gaza. Ismail Haniyeh era o líder da delegação do Hamas nas conversas patrocinadas pelo Qatar.
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