Israel diz que matou chefe militar do Hamas; líder político foi morto ontem
O Exército de Israel anunciou a morte de mais um líder do Hamas. O grupo extremista, porém, não confirmou a morte.
O que aconteceu
Israel diz que ataque aéreo em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, matou o comandante militar Mohammed Deif em 13 de julho. Ele é considerado um dos mentores do ataque de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.
Deif liderou as Brigadas Al-Qassam, o braço militar do Hamas, e era um dos homens mais procurados por Israel. Ele teve papel fundamental no desenvolvimento do foguete caseiro Qassam, uma das principais armas do Hamas, e no desenvolvimento da rede de túneis sob Gaza.
Israel diz que Deif planejou e coordenou atentados a bomba que mataram dezenas de israelenses. Ele ficou conhecido como "O Cérebro" pelos palestinos e como "O Gato com Nove Vidas" pelos israelenses. Desde 2001, Deif sobreviveu a sete tentativas de assassinato.
O Hamas ainda não confirmou a morte. No dia do bombardeio, as autoridades de Gaza anunciaram que mais de 90 pessoas, incluindo civis, morreram em decorrência do ataque.
O anúncio de Israel ocorre após o assassinato do líder político do Hamas, Ismael Haniyeh, em Teerã. Ele foi morto em um ataque aéreo na madrugada de quarta (31).
Irã prometeu vingar a morte de Haniyeh. O líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu punir severamente Israel pelo ataque. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que o país defenderá sua integridade territorial. Para diplomatas, os iranianos podem retaliar para manter sua credibilidade diante das forças políticas internas, apurou o colunista do UOL, Jamil Chade.
Estados Unidos e outros atores globais fazem esforços diplomáticos para que a resposta do Irã seja proporcional, e não gatilho para uma guerra regional. A morte também pode enterrar as negociações de um cessar-fogo em Gaza. Ismail Haniyeh era o líder da delegação do Hamas nas conversas patrocinadas pelo Qatar.
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