EUA: Homem que fingiu morte para não pagar R$ 637 mil de pensão é condenado
Um homem foi condenado a mais de seis anos de prisão por forjar a própria morte na tentativa de não pagar uma dívida de US$ 116 mil (aproximadamente R$ 637 mil) em pensão alimentícia nos Estados Unidos.
O que aconteceu
Homem foi acusado de fraudes digitais e roubo de identidade qualificado. Em janeiro de 2023, Jesse Kipf acessou o sistema de registro de óbitos do Havaí usando informações de um médico que morava em outro estado e inventou uma ocorrência da sua própria morte. Ele preencheu uma planilha de certidão de óbito do Havaí usando a assinatura digital do médico, o que resultou no seu registro como pessoa falecida em muitos bancos de dados do governo. Kipf fez um acordo de confissão com a Justiça norte-americana.
Após o registro da falsa morte, Kipf obteve um documento falso para continuar vivendo sua vida normalmente, disseram os promotores do caso. A informação foi divulgada pelo jornal norte-americano The Washington Post.
Autoridades disseram que homem admitiu que fingiu a própria morte. Ele teria dito que o objetivo, em parte, era não pagar as dívidas de pensão alimentícia.
Homem também se infiltrou em outros sistemas de registro de óbito estaduais, redes empresariais privadas e governamentais. Ele usava credenciais que havia roubado de pessoas reais e também tentou vender o acesso a essas redes na dark web, informou a NBC News. A venda dessas identificações também ocorria para compradores internacionais, entre eles, pessoas da Argélia, Rússia e Ucrânia.
Consta no processo que os custos de reparo nos sistemas de registro de óbitos invadidos pelo homem chegaram a quase US$ 80 mil (aproximadamente R$ 439 mil). Ainda é apontado no documento a ocorrência de "consequências incalculáveis nas redes e os danos aos indivíduos cujas informações de identificação pessoal foram expostas, roubadas ou mal utilizadas". Kipf fez um acordo de confissão com a justiça norte-americana. Não foi informado se ele será obrigado a pagar os valores devidos de pensão e pelos custos de reparo.
Segundo a lei federal, o homem deve cumprir 85% da pena na prisão. Após ser solto, ele deverá ser supervisionado por três anos, informou o site da Procuradoria dos Estados Unidos - Distrito leste de Kentucky. O advogado do condenado, Thomas Miceli, afirmou ao The Washington Post que ele e Kipf "respeitam a decisão do tribunal".
Deixe seu comentário