Irã pede reunião de emergência na ONU após morte de chefe do Hezbollah
O Irã pediu, neste sábado (28), uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
O que aconteceu
Reunião é em protesto contra o assassinato de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah. O pedido foi feito por meio de uma carta escrita pelo enviado iraniano à ONU, Amir Saeid Iravani, poucas horas depois de um ataque aéreo israelense no Líbano. O bombardeio matou o líder do Hezbollah.
Na carta, Iravani pede ao Conselho que "tome ações imediatas e decisivas para deter a agressão contínua de Israel e impedir que a região seja arrastada para uma guerra total".
Hezbollah confirmou a morte de seu líder e alertou que sua luta vai continuar. A notícia havia sido anunciada pelos militares israelenses e, governos como o da França já tinham divulgado a informação que o ataque realizado na sexta-feira em Beirute havia matado o líder histórico da milícia financiada pelo Irã.
Grupo disse que Nasrallah foi morto após um "ataque aéreo traiçoeiro" nos subúrbios de Beirute. Segundo a milícia, seu comandante "juntou-se a seus grandes e imortais companheiros mártires, cujo caminho ele conduziu por quase trinta anos, durante os quais ele os conduziu de vitória em vitória". O texto afirma que Imam Sayyed Ali Khamenei também morreu.
Liderança do Hamas também foi morta, diz Israel
Israel também anunciou hoje ter matado o líder do Hamas no sul da Síria, Ahmad Muhammad Fahd. Fahd foi morto 'enquanto planejava um ataque terrorista', alegou o Exército de Israel. Os detalhes do bombardeio são atribuídos ao serviço de inteligência israelense.
Ataques aconteceram horas após discurso de premiê na ONU. Na sexta (27), na Assembleia Geral, Benjamin Netanyahu defendeu as guerras contra Hamas e Hezbollah e disse que, se o movimento palestino "permanecer no poder", vai se reagrupar e atacar Israel novamente. Sobre os libaneses, afirmou: "Continuaremos destruindo o Hezbollah até que todos os nossos objetivos sejam alcançados"
Ahmad Muhammad Fahd foi responsável por ataques terroristas contra as tropas das IDF [Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês] e o Estado de Israel na área do sul da Síria, inclusive com disparos de projéteis em direção à região das Colinas de Golã.
Exército de Israel, em comunicado
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