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EUA autorizam forças militares a reforçar presença no Oriente Médio

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin Imagem: Kai Pfaffenbach/Reuters

Do UOL, em São Paulo (SP)

29/09/2024 16h24

Em um comunicado divulgado neste domingo (29), o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, disse que o país vai reforçar a presença de suas forças militares no Oriente Médio, em resposta à escalada de tensão na região.

O que aconteceu

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, autorizou que as forças norte-americanas no Oriente Médio sejam reforçadas. "O secretário aumentou a prontidão de forças dos EUA para serem destacadas, elevando nossa preparação para responder a várias contingências", explicou o major-general da Força Aérea, Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono.

Segundo o Pentágono, navios e aviões do exército dos EUA estão de prontidão. O comunicado afirma ainda que o apoio aéreo americano no Oriente Médio será reforçado nos próximos dias. "O Departamento de Defesa continua a manter uma quantidade significativa de capacidade na região e a ajustar dinamicamente nossa postura de força com base na evolução da situação de segurança", diz o comunicado.

De acordo com o comunicado, a intenção é proteger "cidadãos e forças dos EUA na região". O Departamento de Defesa também diz que quer reforçar a defesa de Israel e auxiliar na redução da tensão "por meio da dissuasão e da diplomacia".

O secretário Austin enfatizou que os Estados Unidos estão determinados a impedir que o Irã e os parceiros e representantes apoiados pelo Irã explorem a situação ou expandam o conflito. Austin deixou claro que, caso o Irã, seus parceiros ou seus representantes usem esse momento para atingir pessoal ou interesses americanos na região, os EUA tomarão todas as medidas necessárias para defender nosso povo.
Comunicado divulgado pelo Pentágono

Tensões escalaram após mortes de líderes do Hezbollah e do Hamas

As mortes são decorrentes de ataques israelenses feitos na sexta-feira (27). Um bombardeio no Líbano foi direcionado ao quartel-general do Hezbollah em Beirute, onde estava Hassan Nasrallah, líder do grupo extremista. O anúncio da morte foi feito inicialmente por porta-vozes do Exército de Israel ainda na sexta. O grupo, no entanto, confirmou a informação apenas no sábado (28).

O Hezbollah disse que Nasrallah foi morto após um "ataque aéreo sionista traiçoeiro" e prometeu vingança. "A liderança do Hezbollah promete ao mais alto, mais sagrado e mais querido mártir em nossa jornada repleta de sacrifícios e mártires continuar sua jihad contra o inimigo, apoiando Gaza e a Palestina, e defendendo o Líbano e seu povo firme e honrado", afirma o grupo em um comunicado.

Para Netanyahu, a morte de Hassan Nasrallah permitirá "avançar" na libertação dos reféns israelenses em Gaza. "Estamos determinados a continuar atingindo nossos inimigos", declarou o primeiro-ministro de Israel ao retornar de Nova York, onde participou da Assembleia Geral da ONU.

O aiatolá Ali Khamenei garantiu apoio ao Hezbollah. Líder supremo do Irã, ele disse que "todas as forças de resistência regionais" estão apoiando o grupo. Khamenei afirmou também que o destino da região "será determinado pelas forças de resistência, no topo das quais está um Hezbollah vitorioso".

O Irã, inclusive, pediu uma reunião de emergência na ONU. A petição foi feita por meio de uma carta escrita pelo enviado iraniano à ONU, Amir Saeid Iravani. No texto, ele pede ao Conselho que "tome ações imediatas e decisivas para deter a agressão contínua de Israel e impedir que a região seja arrastada para uma guerra total".

O ataque contra o líder do Hamas, por sua vez, foi feito no sul da Síria. De acordo com as forças israelenses, Ahmad Muhammad Fahd foi morto "enquanto planejava um ataque terrorista". Ainda segundo as IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), o Exército vai continuar trabalhando para "eliminar os terroristas do Hamas" onde quer que estejam.

Os ataques ocorreram horas após discurso de premiê na ONU. Na sexta (27), na Assembleia Geral, Benjamin Netanyahu defendeu as guerras contra Hamas e Hezbollah e disse que, se o movimento palestino "permanecer no poder", vai se reagrupar e atacar Israel novamente. Sobre os libaneses, afirmou: "Continuaremos destruindo o Hezbollah até que todos os nossos objetivos sejam alcançados".

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