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Ataque de Israel a escola em Gaza mata 19 pessoas, incluindo crianças

Escola em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, tem sido usada como abrigo para refugiados da guerra Imagem: Amir Cohen/Reuters

Do UOL, em São Paulo

17/10/2024 10h51

Um bombardeio de Israel contra uma escola na Faixa de Gaza matou ao menos 19 pessoas, incluindo crianças, segundo informações do Ministério da Saúde. O local tem sido usado como abrigo para refugiados em meio à guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas.

O que aconteceu

'Dezenas' de pessoas também ficaram feridas no ataque. A escola Abu Hussein está localizada em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. "Não há água para apagar o fogo. Não há nada", disse à Reuters Medhat Abbas, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. Ainda não há um número exato de feridos.

Hospitais confirmaram ter recebido ao menos dez corpos. Seis vítimas foram levadas para o hospital Kamal Adwan e quatro para o centro médico Al Awda, de acordo com a AFP. "Foi um massacre horrível. A maioria dos feridos está no chão do hospital Kamal Adwan, e a situação é grave", disse à agência Fares Afana, funcionário dos serviços de emergência de Gaza.

Não há condições para atender estes casos graves por falta de material médico e profissionais especializados, o que leva a um maior número de vítimas.
Fares Afana, dos serviços de emergência de Gaza, à AFP

Israel diz ter como alvos 'terroristas' do Hamas e da Jihad Islâmica. Em nota, o Exército israelense disse que a escola era usada como ponto de encontro entre membros do Hamas e da Jihad Islâmica. "No momento do ataque, dezenas de terroristas (...) estavam presentes no complexo", disse. Também afirmou que, antes do bombardeio, adotou medidas para reduzir o risco de ferir civis.

Exército israelense ainda alega ter encontrado armas no local. O comunicado cita explosivos, munições e morteiros, usados para lançar granadas. Além disso, na lousa de uma das salas de aula, também foram escritos "elogios" em árabe ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, ainda de acordo com o Exército de Israel.

Hamas negou todas as acusações de Israel. A escola em Jabalia não era usada para fins militares, segundo o grupo palestino.

Esses terroristas tiveram envolvimento em ataques com foguetes contra o território israelense, bem como no planejamento e execução de ataques terroristas contra os soldados e o Estado de Israel nos últimos dias. (...) Este é mais um exemplo do abuso sistemático da infraestrutura civil pela organização terrorista Hamas, violando o direito internacional. As IDF [Forças de Defesa de Israel, em português] continuarão a operar contra o Hamas e em defesa dos cidadãos de Israel.
Exército de Israel, em nota divulgada no Telegram

As declarações da ocupação [maneira como o Hamas se refere a Israel] de que a escola Abu Hussein era utilizada pela resistência são mentirosas. Esta é a política sistemática do inimigo para justificar seus crimes e o assassinato de refugiados inocentes.
Hamas, em comunicado oficial

(AFP e Reuters)

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