Mais oito reféns são libertados pelo Hamas após acordo com Israel
Três israelenses e cinco tailandeses foram libertados hoje pelo Hamas. É a terceira troca de reféns na Faixa de Gaza.
O que aconteceu
A soldado Agam Berger, 20, foi a primeira a ser entregue a Cruz Vermelha em meio às ruínas do Campo de Refugiados de Jabalia, no norte de Gaza. Ela tinha 19 anos quando foi sequestrado da base militar de Nahal Oz, uma unidade desarmada composta apenas por mulheres. A família diz que ela servia como "observadora".
Ela passou por um exame médico e está bem de saúde, afirmou o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas. Ela já se encontrou com sua família em um ponto de recepção no sul de Israel, informaram militares.
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Dois israelenses sequestrados no ataque ao kibutz Nir Oz também foram soltos. O alemão-israelense Gadi Moses, 80 anos, e Arbel Yahud, de 29 anos, foram entregues em em Khan Younis, no sul de Gaza. Eles eram mantidos pelo grupo Jihad Islâmica, aliado do Hamas.
Arbel foi feita refém com a família de seu noivo Ariel Cunio. Ele e o irmão, David Cunio, continuam em cativeiro, segundo o Hostages and Missing Families Forum. A esposa de Gadi, Efrat Katz, foi morta no ataque.
Cinco cidadãos tailandeses também foram soltos, informaram as autoridades. Eles trabalhavam como operários em comunidades do sul de Israel quando foram sequestrados no ataque de 7 de outubro.
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Em troca, Israel iria libertar 110 prisioneiros palestinos nesta quinta-feira (30). O governo israelense, no entanto, suspendeu a entrega dos reféns após militantes da Palestina cercarem reféns israelenses que estavam sendo levados para casa pela Cruz Vermelha. Primeiro-ministro diz que medida continuará até que ''medidas de segurança sejam tomadas''.
Ontem, o Hamatambém ameaçou suspender a entrega de outros reféns. A medida seria uma retaliação a Israel que, segundo eles, dificultam a entrada de "combustível, tendas, caravanas e maquinário pesado" em Gaza.
Das 251 pessoas sequestradas, 87 ainda estão sendo mantidas como reféns e pelo menos 34 morreram de acordo com o Exército israelense. A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza matou pelo menos 47.317 pessoas, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera confiáveis.
Com informações de RFI
9 comentários
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Victor Pinto da Silva
Fica evidente que, enquanto para Israel cada vida é importante, pros terroristas sao apenas numeros.
Ricardo Jose Kuschnir
CADÊ AS CRIANÇAS?
Luiz Rodrigues Barbosa
Devemos deixar bem claro que o Hamas não, propriamente, libertou, mas TROCOU por um número muito maior de seus colegas, condenados e presos em Israel !