Bogotá sediará congresso sobre cidades e mudanças climáticas em novembro
Bogotá receberá entre 19 e 21 de novembro mais de 50 delegações latino-americanas que participarão do congresso "Cidades e Mudanças Climáticas", que busca engajar as autoridades locais em programas de mitigação e adaptação sobre o aquecimento global.
Assistirão ao evento 21 prefeitos da Colômbia e de outros países da América Latina, bem como especialistas internacionais. Entre os convidados estarão Denis Baupin, vice-presidente da Assembleia Nacional da França; Martha Salgado, secretária de Meio Ambiente do México; e Carlos Alberto Muñiz, vice-prefeito do Rio de Janeiro.
O congresso abordará temas diversos, da preservação ambiental ao transporte público, saúde, meios de comunicação, desigualdade social e planejamento territorial.
Ao apresentar o programa deste congresso, o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, lembrou que cerca de 70% da população da América Latina vivem em centros urbanos, daí a importância de se preservar a qualidade do meio ambiente.
Em suas declarações, Petro informou que a contaminação ambiental de Bogotá provoca em média a morte de 140 crianças por doenças respiratórias a cada ano. "A cidade, sendo a responsável por algo que pode acabar com a espécie humana, é a encarregada de criar políticas que mitiguem as mudanças climáticas."
O evento, no qual será firmada a Declaração de Bogotá, um acordo entre governos locais latino-americanos para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, é promovido pela Prefeitura de Bogotá, a Embaixada da França, a Agência Francesa de Desenvolvimento e a Corporação Andina de Fomento.
"Sabemos que ninguém tem a solução, mas ao compartilhar experiências as cidades latino-americanas poderão se adaptar melhor ao desafio que este fenômeno representa" das mudanças climáticas, declarou Pierre-Jean Vandoorne, embaixador da França na Colômbia.
Victor Traverso, diretor da Corporação Andina de Fomento na Colômbia, ressaltou a fragilidade das cidades latino-americanas "não apenas pelos efeitos das mudanças climáticas, mas porque povoados pobres e pouco incluídos se assentaram nas regiões mais vulneráveis das cidades". A Cidade do México, onde se firmou o Pacto Climático Mundial das Cidades em 2010, foi designada convidada de honra deste evento.
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