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Monumentos mundiais ficarão às escuras no sábado na Hora do Planeta

Em Paris

21/03/2013 17h40

Do Taj Mahal à Torre Eiffel, passando pelo Empire State Building e pelo Cristo Redentor, os grandes monumentos do planeta se apagarão na noite de sábado durante a operação "Earth Hour", a Hora do Planeta, manifestação anual destinada a mobilizar os terráqueos, ainda que por uma hora, contra as mudanças climáticas.

Às 20h30 locais, os grandes pontos turísticos de mais de 150 países serão apagados na maior manifestação ecológica do mundo.

Ficarão às escuras o porto de Sydney, o Portão de Brandemburgo de Berlim, as cataratas do Niágara, a torre Burj Khalifa de Dubai, as muralhas de Dubrovnik (Croácia), o estádio olímpico de Pequim, a antiga cidade de Erbil, no Curdistão, as praças Al-Khundi e Palestina de Gaza, a Pequena Sereia de Copenhague, a Alhambra de Granada e a Porta de Alcalá de Madri, entre muitos outros pontos emblemáticos.

A operação foi lançada pela organização Fundo Mundial pela Natureza (WWF) em 2007 na Austrália, tendo como lema a adoção das energias renováveis. Por isso, a Ópera de Sydney não ficará apagada no sábado, mas apenas rodeada de um halo verde.

A campanha se ampliou desde então, adquirindo caráter mundial, e envolve agora "centenas de milhares de pessoas", segundo o co-fundador e diretor da operação, Andy Ridley.

"No ano passado participaram dela 7.000 cidades de 152 países do mundo", acrescentou.

A cada ano há mais participantes, mas a cada ano também é registrado um novo recorde de emissões de gás de efeito estufa na atmosfera, o que pode embalar o avanço do aquecimento climático.

Ridley constata com satisfação a crescente participação no "A Hora do Planeta", mas ressalta que "seria necessário muito mais para ativar, como nós desejamos, os comandos políticos" sobre as mudanças climáticas.

No entanto, afirma que "ainda que seja apenas uma hora, já é uma hora".

Jean Jouzel, especialista francês membro do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), também afirma que conhece todos os limites desta operação, assim como seu verdadeiro impacto e o fato de que permite "ter a consciência tranquila" a baixo custo.

"Mas, entre não fazer nada e fazer algo ainda que não seja ótimo, acredito que é preciso fazer", disse.

Em 2012, os organizadores da manifestação quiseram ultrapassar o contexto da mobilização sobre o clima e lançaram uma campanha complementar, no mesmo dia, destinada a convocar cidadãos comuns, empresas e políticos a se comprometerem com projetos ambientais de todos os tipos.