EUA anunciam novas medidas para reduzir emissões de metano
A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira (14) uma série de medidas destinadas a reduzir as emissões de metano, que representam quase 10% dos gases causadores do efeito estufa emitidos pelos Estados Unidos.
O anúncio faz parte dos esforços do governo americano para enfrentar as mudanças climáticas.
O objetivo é reduzir as emissões de metano relacionadas à produção e à distribuição de gás e de petróleo de 40% a 45% até 2025, em relação aos níveis de 2012.
"As emissões de metano representaram quase 10% dos gases que causam o efeito estufa emitidos pelos Estados Unidos em 2012, dos quais cerca de 30% vieram da produção e da distribuição de petróleo e de gás", explicou a Casa Branca em um comunicado.
Com base nas medidas que já existem em vários estados, a Agência americana de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) introduzirá uma norma específica para as novas instalações de gás e de petróleo, assim como para aquelas que são objeto de modificações. A EPA apresentará suas propostas no verão de 2015 (no hemisfério norte) e a norma final deve entrar em vigor em 2016.
Este ano, o governo também proporá padrões mais rígidos para os oleodutos. Segundo a nota, eles também devem ajudar a reduzir as emissões de metano.
A produção de petróleo nos Estados Unidos está em seu nível mais alto dos últimos 30 anos, e o país se tornou líder mundial na produção de gás natural, declarou a Casa Branca, destacando a importância de limitar as emissões de metano.
Ao longo de uma década, essas emissões podem concentrar até 25 vezes mais calor do que o dióxido de carbono.
A Casa Branca disse, ainda, que as emissões de metano diminuíram em comparação com os níveis registrados em 1990, mas admitiu que a tendência é aumentar em 25% até 2025, se medidas não forem tomadas.
As mudanças climáticas são um tema politicamente sensível nos Estados Unidos. Em geral, os republicanos, que controlam o Congresso, opõem-se a novas leis, alegando que as mudanças climáticas não é real, ou que a atividade humana não é um fator influente.
Defendendo a luta contra as mudanças climáticas como uma de suas prioridades, Obama se concentrou em impor normas - sobretudo, por intermédio da poderosa EPA - em vez de brigar para conseguir mudanças no Legislativo.
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