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Capivara é vista com pneu preso ao corpo; Prefeitura de SP tenta resgate

 A capivara com pneu preso foi avistada na altura da Cidade Universitária - Roberta Godinho/Arquivo Pessoal
A capivara com pneu preso foi avistada na altura da Cidade Universitária Imagem: Roberta Godinho/Arquivo Pessoal

Do UOL, em São Paulo

05/10/2017 20h13

Uma capivara com um pneu preso ao corpo foi vista às margens do rio Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. A denúncia foi feita pela ciclista Roberta Godinho, 47, que disse que o animal está vivendo nessas condições há pelo menos duas semanas e aparenta estar "bastante machucado".

"Há duas semanas, vi a capivara com o pneu preso ao corpo entre as estações Berrini e Pinheiros, na margem do rio Pinheiros. Depois não vi mais. Aí na quinta-feira passada encontrei ela encostada no gradil da ciclovia. E me deu um desespero porque ela batia com a pata no pneu tentando tirar. Fiz as fotos e comecei a pedir ajuda", conta a paulistana.

Godinho disse ter entrado em contato com a Prefeitura de São Paulo, a CPTM --que administra uma ciclovia que passa em frente ao local-- e outros órgãos públicos. Mas, segundo ela, a mobilização para socorrer a capivara ocorreu apenas depois de uma publicação no Facebook. 

Capivara - Roberta Godinho/Arquivo Pessoal - Roberta Godinho/Arquivo Pessoal
As fotos da capivara mostram que o animal possui feridas nas costas
Imagem: Roberta Godinho/Arquivo Pessoal

A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente disse que área em que a capivara vive pertence ao governo do Estado, mas ainda assim se mobilizou para ajudar os animais feridos. O órgão informou ter recebido a denúncia no dia 15 e iniciado às tentativas de resgate no dia 17 com a ajuda da Polícia Militar Ambiental, GCM Ambiental e Divisão de Fauna.

Até agora foram realizadas cinco tentativas de resgate e, na última, uma capivara com machucados na região das costas foi capturada, tratada e solta novamente no local. Não se sabe se trata-se do mesmo animal visto pela ciclista, mas as buscas no local continuarão, segundo a secretaria.

Nas primeiras tentativas de resgate foram utilizados dardos tranquilizantes. "Porém o animal não cedeu com a sedação (o que é normal), pois há casos em que o dardo não injeta completamente o anestésico", informou a secretaria, que disse ter adotado o uso do brete. "Este equipamento é um tipo de armadilha, que foi montado ontem (4), para reter animais de grande porte. Assim que a capivara estiver contida, todo o tratamento e cuidados necessários serão dados ao bicho."

"Eu pedalo ali todos os dias, principalmente à tarde. Vejo muita capivara ferida. Já vi com arame preso, com roupa presa, com fita. Ninguém cuida delas, vivem em completo abandono", afirmou Godinho. "O rio Pinheiros é cheio de animais. Vejo tartaruga, lagarto, aves, tudo sem cuidado. Basta olhar o rio. O governo precisa despoluir o rio", completou.

Em nota, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente disse que o fato "é consequência do descarte irregular de material sólido/lixo pela população".