"Não há discussão quanto à soberania", diz porta-voz sobre Amazônia
O porta-voz da Presidência da República, general Otávio do Rêgo Barros, afirmou hoje à noite que não há a possibilidade de se discutir uma possível perda de soberania do Brasil sob a Amazônia pertencente ao país.
"Não há discussão quanto à soberania do país. Outra pergunta", afirmou.
A declaração foi dada ao ser questionado sobre a declaração do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a possibilidade de se estabelecer um status internacional da Amazônia.
Ao ser indagado novamente sobre a questão, Rêgo Barros reforçou o comando do Brasil perante a Amazônia e a prerrogativa única do país quanto a decisões na região.
"Sobre a Amazônia brasileira fala o Brasil, as suas Forças Armadas e, mais do que o Brasil e as Forças Armadas, a sociedade, que são as Forças Armadas não fardadas", disse.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi ao Ministério da Defesa hoje à tarde para reunião sobre ações do governo para o combate de incêndios na Amazônia.
Estiveram presentes os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Sergio Moro (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Luiz Ramos (Secretaria de Governo).
Ao final do encontro, o ministro Fernando Azevedo declarou que não há, em hipótese alguma, estado de descontrole. Ele exaltou a ação das Forças Armadas na região a partir da GLO (Garantia da Lei e da Ordem) assinada por Bolsonaro na sexta-feira passada e afirmou haver uma diminuição nos focos de incêndio, segundo imagens de satélite analisadas. No entanto, o governo não apresentou números que comprovem a tese.
De acordo com o governo federal, até o momento, o único estado da Amazônia Legal que não pediu ajuda ao Planalto é o Maranhão. Amanhã, Bolsonaro promove reunião com os governadores da região no Planalto. A lista dos políticos confirmados ainda não foi divulgada.
Em relação à ajuda internacional, como os US$ 20 milhões do G7, tanto o ministro quanto o porta-voz falaram que os recursos ficarão sob responsabilidade do Ministério das Relações Exteriores num primeiro momento, quando concretizados.
Por enquanto, Chile e Equador já disponibilizaram ajuda efetiva ao Brasil, informaram. O primeiro ofereceu quatro aeronaves para jogar água sobre o fogo e 40 brigadistas. O segundo ofereceu uma aeronave e 40 brigadistas. Israel e Estados Unidos também já se manifestaram, mas os reforços ainda estão sendo quantificados pelo Ministério da Defesa.
Azevedo disse ainda que as Forças Armadas na Amazônia foram divididas em dois comandos. Ao todo, 43 mil militares formam o efetivo permanente na região. Em torno de 2,5 mil estão trabalhando como brigadistas enquanto 150 veículos e 15 aeronaves estão sendo empregados. Outros 700 militares estão sendo treinados para combater as chamas. A expectativa é que mais 800 fiquem prontos para a função.
Ele ainda afirmou haver a possibilidade de Bolsonaro sobrevoar a Amazônia, mas não há previsão de data.
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