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Esculturas em gelo de Bolsonaro e Trump são usadas em protesto de ONG na ONU

01/10/2020 04h48

Nações Unidas, 30 set (EFE).- O Greenpeace levou nesta quarta-feira para a frente da sede da ONU, em Nova York, durante a cúpula da biodiversidade da organização, duas esculturas em gelo representando os presidentes de Brasil e Estados Unidos, Jair Bolsonaro e Donald Trump, para protestar contra as políticas ambientais dos dois governantes.

As esculturas foram colocadas em um píer na frente do edifício e logo derreteram, enquanto Kate Flynn, uma ativista da ONG, segurava um cartaz com a frase "Líderes da extinção: destruindo um planeta em crise" escrita em português.

"Onde estão Trump e Bolsonaro enquanto o mundo arde? Eles têm que acordar para a decadência ecológica e seguir a ciência", disse Arlo Hemphill, do braço americano do Greenpeace USA, em comunicado.

O ativista enfatizou que os governantes devem "agir imediatamente para acabar com o desmatamento, proteger pelo menos 30% dos oceanos e parar com as emissões que estão prejudicando o clima".

O Greenpeace apontou que Brasil e Estados Unidos são dois dos países com a maior biodiversidade do mundo, mas seus presidentes estão "empurrando ativamente uma agenda anti-ambiental".

Bolsonaro participou nesta quarta da Cúpula da Biodiversidade por meio de um discurso gravado em vídeo no qual rechaçou os críticos que o acusam de permitir uma enorme destruição na Amazônia.

"Rejeito veementemente a ganância internacional por nossa Amazônia. E vamos defendê-la de ações e narrativas que atacam os interesses nacionais", disse.

"Não podemos aceitar, portanto, que informações falsas e irresponsáveis ??possam servir de pretexto para a imposição de regras internacionais injustas, que desconsideram as importantes conquistas ambientais que temos conquistado em benefício do Brasil e do mundo", acrescentou.

Trump, por sua vez, evitou participar da reunião, a primeira cúpula do gênero organizada pelas Nações Unidas e que tem como objetivo dar impulso à negociação de um grande acordo para proteger a biodiversidade durante a próxima década.