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Desmatamento na Amazônia no mês de novembro é o maior dos últimos 10 anos

Queimadas em Rondônia, próxima à Flona do Jacundá, em agosto deste ano - Bruno Kelly/Amazônia Real
Queimadas em Rondônia, próxima à Flona do Jacundá, em agosto deste ano Imagem: Bruno Kelly/Amazônia Real

Do UOL, em São Paulo

17/12/2020 15h40

O desmatamento da Amazônia atingiu recordes no mês de novembro, sendo o maior dos últimos dez anos. Ao todo, foram derrubadas 484 km² de área verde, o que representa um aumento de 23% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando a área desmatada era de 393 km². Os dados foram divulgados hoje pelo SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), do Imazon.

O Pará está em primeiro lugar no ranking dos estados que mais desmataram, com 48% de todo o desmatamento da área da Amazônia Legal situada no estado. Os municípios paraenses que ocupam o topo do ranking dos municípios que mais registraram desmatamento territorial foram São Félix do Xingu, Pacajá e Altamira.

O segundo estado com maior número de área desmatada é o Mato Grosso (19%), seguido por Rondônia (10%), Maranhão (9%), Amazonas (8%), Acre (3%), Roraima (2%) e Amapá (1%).

Degradação e monitoramento

A degradação na Amazônia cresceu 114% segundo os dados do Imazon, com 1.206 km² de mata devastada. Os incêndios florestais estão entre os fatores que geraram impactos para a região. A organização deixa claro que as queimadas podem ser fruto de queimadas descontroladas em áreas privadas, para limpeza de pastos, mas que saem do controle e atingem as florestas.

O monitoramento da Amazônia pelo Sistema de Alerta de Desmatamento utiliza imagens de satélite para avaliar a situação da floresta. O levantamento é diferente do Inpe, do governo federal, mas em ambos são emitidos alertas que auxiliem na fiscalização.