G20 busca posição comum sobre clima com intensas negociações
Os negociadores de cada delegação passaram a noite tentando chegar a um acordo sobre questões climáticas a ser traduzido em um comunicado conjunto neste domingo, segundo fontes oficiais da cúpula do G20 confirmaram à Agência Efe.
Os chefes de Estado ou de governo dos Vinte, que representam 80% do produto interno bruto do planeta, iniciaram hoje o segundo e último dia de reunião em Roma, presidido pelo primeiro-ministro anfitrião, Mario Draghi.
À noite, fontes da delegação americana asseguraram que "alguns pontos" da declaração do G20 sobre questões climáticas ainda estavam sendo negociados, enquanto a parte italiana disse que o debate se prolongou até a madrugada.
Não foi por acaso que Draghi abriu o plenário final da cúpula com um apelo urgente: "Devemos agir rapidamente para evitar consequências desastrosas", alertou.
Trata-se de uma questão espinhosa, pois afeta a indústria e o sistema produtivo dos países, e já no mês de julho, os ministros do setor, em reunião de nível ministerial em Nápoles, fracassaram nas negociações.
Especificamente, eles não conseguiram convencer a China e a Índia, membros do G20 e grandes poluidores, a tentar limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius neste século, em conformidade com o Acordo de Paris.
Mas também não conseguiram chegar a um acordo sobre a eliminação dos subsídios aos combustíveis fósseis e o fechamento das usinas de carvão em 2025.
Nesta cúpula de Roma, entre outras coisas, os Estados Unidos querem que mais países subscrevam o Compromisso Global do Metano, promovido em conjunto com a União Europeia, que visa reduzir o aquecimento global em 0,2 grau Celsius até 2050.
O encontro de Roma contou com a presença do príncipe Charles, do Reino Unido, país que está sediando a partir de hoje a COP26, na cidade escocesa de Glasgow, e ele aproveitou para chamar o mundo à unidade diante deste desafio.
Ele afirmou que os líderes mundiais têm, em sua opinião, "uma enorme responsabilidade para com as gerações futuras".
É por isso que ele pediu que a comunidade internacional "deixasse de lado suas diferenças" e aproveitasse a cúpula de Glasgow como a "última chance de agir". EFE
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