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China pede ajuda aos países em desenvolvimento, sem avançar nos compromissos

01/11/2021 21h23

Glasgow (R.Unido), 1 nov (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, enviou nesta segunda-feira uma declaração por escrito à cúpula do clima COP26, na qual defende mais ajuda aos países em desenvolvimento para enfrentar a crise ambiental, sem adiantar novos compromissos concretos de seu governo.

"Os países desenvolvidos não deveriam apenas fazer mais esforços por conta própria, mas também dar apoio aos países em desenvolvimento", disse o presidente, que não deixa a China desde o início de 2020 devido à pandemia da covid-19.

Xi, que inicialmente deveria falar por videoconferência, pediu aos governantes em sua declaração que estabeleçam metas "realmente viáveis" e "façam o que puderem de acordo com suas condições nacionais".

O presidente chinês expressou sua confiança no "multilateralismo" como a "receita correta" para enfrentar os grandes desafios globais, como as mudanças climáticas, e destacou que o Acordo de Paris de 2015 proporcionou uma "base jurídica fundamental para a cooperação internacional" contra o aquecimento global.

"Os impactos negativos da mudança climática tornaram-se cada vez mais evidentes, o que implica que a ação global se tornou mais urgente", disse Xi.

O maior "desafio do nosso tempo", argumentou o presidente chinês, é promover a recuperação econômica da pandemia do coronavírus e, ao mesmo tempo, responder à emergência ambiental.

"É necessário aproveitar as inovações em ciência e tecnologia para promover a transformação", disse o mandatário, que tem o compromisso de "atualizar" o setor de energia, a "estrutura industrial" e o "padrão de consumo".

Ele afirmou estar empenhado em promover "um sistema econômico baseado no desenvolvimento verde, circular e com baixo teor de carbono", interrompendo assim "o desenvolvimento irracional de projetos de uso intensivo de energia e altas emissões".

Xi Jinping também destaca que fará "um grande esforço" para "projetar e construir grandes centrais eólicas e fotovoltaicas" e que está trabalhando em projetos para "setores-chave" como "carvão, eletricidade, ferro e aço". EFE