Macron pede que OCDE acompanhe transferência de renda para nações pobres

Glasgow (Reino Unido), 1 nov (EFE).- O presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu nesta segunda-feira que a Organização para a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) se encarregue de verificar anualmente que as transferências financeiras para nações de baixa renda sejam, efetivamente, realizadas.

"Os países da África, do Pacífico, do Caribe, da América Latina e América do Sul que mais precisam, não são os que recebem mais desse financiamento, sabemos disso", afirmou o chefe de governo, durante discurso na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que acontece em Glasgow, no Reino Unido.

Macron disse que a "OCDE deve acompanhar e fazer a cada ano um relatório em plena transparência da utilização dos US$ 100 bilhões que os Estados mais desenvolvidos se comprometeram a transferir a cada ano para os de menor renda entre 2020 e 2025", para a ação contra a crise global relacionada ao clima.

"Os países mais pobres na África, no Pacífico, no Caribe, vivem hoje as primeiras consequências da mudança climática", afirmou o chefe de governo.

No discurso, Macron destacou que França e União Europeia, atualmente, estão dentro dos compromissos de transferência de valores firmados, "inclusive, um pouco mais acima", já que a própria OCDE indicou que, em 2020, o aporte foi pouco superior a US$ 79 bilhões.

"Todas as economias desenvolvidas devem contribuir de forma justa, porque a liderança exige exemplo", garantiu o presidente francês.

Na cerimônia de abertura da COP26, Macron ainda relembrou os pilares para a assinatura do Acordo de Paris, em 2015, que foram a "ambição, solidariedade e confiança", para pedir que o objetivo de aumento de temperatura em 1,5 grau até o fim do século seja alcançado. EFE