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Acordo na COP26 promete US$ 130 trilhões por economia livre de carbono

03/11/2021 12h12

Glasgow (Reino Unido), 3 nov (EFE).- A principais instituições financeiras do mundo se comprometeram a investir US$ 130 trilhões (R$ 736,9 trilhões) na transição para uma economia livre de carbono, de acordo com anúncio realizado na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26).

O compromisso da Aliança Financeira de Glasgow para Zero Emissões Líquidas (GFANZ, pela sigla em inglês), que foi criada em abril deste ano, praticamente dobra o valor que havia sido prometido até hoje, de acordo com informações divulgadas pela própria coalizão, que envolve instituições de 45 diferentes países.

Os participantes do pacto deverão desenvolver planos de financiamento verde baseados na ciência e fixar metas intermediárias para 2030, segundo o pacto firmado hoje.

O ex-diretor-executivo dos banco centrais do Canadá e do Reino Unido, Mark Carney, atual responsável pelas finanças climáticas da ONU, afirmou que o compromisso é um marco na história da contribuição privada para uma economia global livre de dióxido de carbono (CO2).

"Os 130 trilhões são mais do que se precisa para a transição global em prol das zero emissões líquidas", garantiu.

"O que se ouve hoje é que o dinheiro está aqui, mas o dinheiro precisa de projetos alinhados com as emissões zero", completou o canadense, durante reunião de cúpula que acontece em Glasgow, no Reino Unido.

O compromisso de investimento na economia livre de carbono teve a adesão de instituições financeiras como o HSBC, o Bank of America e o Santander.

O anúncio, no entanto, recebeu críticas de organizações ambientais, pois os envolvidos com a iniciativa rejeitaram no mês passado a proposta da Agência Internacional de Energia, para deter o financiamento de projetos de gás, petróleo e carbono.

A principal meta da COP26 é seguir em frente com o objetivo de impedir que a temperatura global suba mais de 1,5 grau na comparação com o período pré-industrial, e o investimento para alcançar essa meta é um dos principais desafios da conferência. EFE