Peru liberta 39 aves afetadas pelo derramamento de petróleo no norte de Lima
De acordo com o Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre (Serfor), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, a libertação ocorreu em uma praia no sul da capital peruana e foi possível após um processo de cuidados e reabilitação das aves, que um mês e meio foram encontrados com elevado grau de desidratação e manchados de petróleo.
São três espécies, especificamente quatro gaivotas peruanas (Larus belcheri), quatro gaivotas-de-franklin (Leucophaeus pipixcan) e 31 atobás-peruanos (Sula variegata).
"Para o processo de soltura, verificou-se que as aves estão aptas, ou seja, que possuem peso adequado, que estão hidratadas e que seu comportamento é de sua própria espécie. Do mesmo modo, foram descartadas doenças que verificaram a impermeabilidade", detalhou o Serfor em comunicado.
No início do mês, o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp) informou ter recuperado 349 aves encontradas mortas na área da Zona Reservada de Ancón e nas pequenas ilhas do Grupo de Pescadores do Sistema de Reserva Nacional de Ilhas e Pontas Guaneras.
Da mesma forma, a equipe de resgate de animais selvagens encontrou 78 aves nessas áreas naturais protegidas, que foram transferidas e entregues à Serfor para atendimento veterinário e posterior recuperação.
O derramamento ocorreu em 15 de janeiro, quando o navio italiano Mare Doricum descarregou petróleo cru em um dos terminais da refinaria La Pampilla, que a Repsol opera em Ventanilla, município de Callao, na região portuária que faz fronteira com a capital Lima.
Num primeiro momento, a Repsol informou que se tratava de uma vazamento de 0,16 barris (cerca de 25 litros) e que tinha sido provocada por ondas produzidas devido uma erupção vulcânica em Tonga.
Mas dias depois, a empresa elevou esse número para 6 mil barris, embora finalmente tenha calculado que seriam 10,4 mil barris, ainda menos do que a estimativa do governo peruano de 11,9 mil barris (1,9 milhão de litros). EFE
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