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Lula vai enviar proposta para aumento do salário mínimo, afirmam sindicalistas

Piero Locatelli<br/> Do UOL Notícias<br/> Em Brasília

19/01/2009 20h53

O presidente Lula deve enviar proposta ao Congresso para que haja um aumento real de 5,7% no salário miníno. Com o aumento, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, o salário iria para aproximadamente R$ 465,00. A informação foi dada por líderes sindicais que se reuniram no fim da tarde desta segunda-feira (19) com o presidente da República. Na reunião estavam presentes, além de seis líderes sindicalistas, cinco ministos do governo Lula.

Geração de empregos com carteira assinada tem pior resultado em quase dez anos

No mês de dezembro de 2008, ocorreu uma redução de 654.946 empregos com carteira assinada no Brasil.


Na reuniao, que durou cerca de três horas, os lideres apresentaram diversas reivindicações ao presidente. Elas estão ligadas à taxa de desemprego recorde apresentada hoje pelo Ministério do Trabalho e do Emprego. No mês de dezembro de 2008, ocorreu uma redução de 654.946 empregos com carteira assinada no Brasil, a pior queda em quase dez anos.

Artur Henrique, da CUT (Central Única dos Trabalhadores), falou que o presidente deve fazer uma reunião nesta quarta-feira com bancos públicos e privados. O objetivo é fazer com que haja uma diminuição nos juros cobrados aos clientes caso o governo abaixe a taxa Selic. Na quarta-feira, o Copom vai anunciar a nova taxa de juros do país.

Outra reivindicação das centrais sindicais foi para que o governo consiga garantias de que não haverá demissões em massa em empresas beneficiadas por crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Segundo Arthur, o presidente Lula é simpático à idéia.

Lula não esclareceu se diminuirá o superávit primário - esta era outra reinvidicação para que as obras de infraestrutura continuassem. O presidente garantiu, porém, que não haverá reduções nas obras.

O ministro Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, deverá fazer reuniões constantes para ouvir os pedidos das centrais dos trabalhadores, a exemplo do ministro Guido Mantega (Fazenda), que faz reuniões constantes com membros do setor financeiro.

Paulinho da Força falou que o presidente Lula só vai discutir a crise durante o mês de janeiro. "Acho que teremos novidades de desoneração fiscal", disse Paulinho. Segundo ele, o presidente também fará reuniões com governadores e prefeitos para que isso seja possível.