Temer nega crise PT-PMDB e fala em "distribuição equitativa de cargos"
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), negou na noite de hoje (4) a existência de crise entre seu partido e o PT. Segundo ele, “o que há muitas vezes é um acirramento não proposital [das relações]”, acrescentando que “haverá naturalmente uma distribuição equitativa entre os partidos políticos”.
Segundo Temer, a discussão sobre salário mínimo proposta pelo PMDB não é uma forma de pressionar os petistas e o partido vai esperar uma decisão da presidente Dilma Rousseff.
Temer disse ainda que seu partido deve manter seu acordo estabelecido com o PT para revezamento na presidência da Câmara dos Deputados, em declarações feitas em sua chegada à segunda reunião peemedebista do dia, realizada na casa da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, em Brasília.
Além de Temer, participam do jantar oferecido por Roseana o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e os seis ministros do partido: Nelson Jobim (Defesa), Edison Lobão (Minas e Energia), Garibaldi Alves (Previdência), Pedro Novais (Turismo), Wagner Rossi (Agricultura) e Moreira Franco (Secretaria de Assuntos Estratégicos).
Revide
Mais cedo, o atual líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), havia afirmado ao UOL Notícias que o PMDB pode receber revide pela eventual instabilidade causada ao governo.
“O PMDB tem responsabilidade no governo e pretende disputar a Câmara daqui a dois anos. Se criar crise agora, daqui a dois anos nós estamos com a responsabilidade”, declarou. “[O PMDB] já fez ameaça com bloquinho e outras coisas. Acho que tem que conversar”.
Contrariado pela perda de cargos de segundo escalão no governo, o PMDB pede que esses postos sejam distribuídos mediante “diálogo” com partidos governistas. Apesar do clima de "bateu, levou", o deputado Ferro avalia como normal a pressão por cargos no início de um governo.
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