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Deputado do castelo deixa cargo em estatal de Minas Gerais

Vista aérea do castelo de Edmar Moreira, construído em São João do Nepomuceno, interior de MG - Leonardo Costa/Estado de Minas
Vista aérea do castelo de Edmar Moreira, construído em São João do Nepomuceno, interior de MG Imagem: Leonardo Costa/Estado de Minas

Rayder Bragon<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Belo Horizonte

14/04/2011 21h49

O ex-deputado Edmar Moreira, que ficou conhecido por possuir um castelo no interior de Minas Gerais, deixou o cargo de vice-presidente da MGI (Minas Gerais Participações S/A), empresa de economia mista que tem o governo do Estado como um dos principais acionistas. Os vencimentos de Moreira eram de R$ 11 mil na empresa, que é vinculada à Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais. A indicação do ex-deputado para o cargo veio à tona no início desta semana, mas o ex-parlamentar assumiu a cadeira no dia 4 deste mês.

A assessoria de imprensa do governo não informou o motivo da saída dele, mas adiantou que a exoneração será publicada no Diário Oficial do Estado nos próximos dias.

Moreira foi indicado para a função pelo PR (Partido da República), legenda que integra a base aliada do governador Antonio Anastasia (PSDB).

O nome do ex-parlamentar, que não conseguiu se reeleger no ano passado, foi aprovado por unanimidade pelo conselho do órgão. Ele trabalhava na Cidade Administrativa, onde Anastasia despacha.

O deputado ocupou, em 2009, a Corregedoria da Câmara. Após denúncia de que justificara gastos com a verba indenizatória com notas fiscais de sua própria empresa e a descoberta do castelo avaliado em R$ 25 milhões, Moreira deixou o cargo, não sem antes propor a extinção do Conselho de Ética da Casa, que posteriormente o absolveu das acusações.

Em relação ao imóvel, o ex-deputado foi acusado de não tê-lo declarado à Receita. Porém, Moreira afirmou à época que havia doado a propriedade aos filhos.

O TCU (Tribunal de Contas da União) também livrou, no ano passado, o ex-deputado das acusações de desvio de verba.

A reportagem do UOL Notícias tentou entrar em contato com o ex-parlamentar, mas uma pessoa que atendeu o celular dele, identificando-se como Carla e afirmando ser funcionária de Moreira, disse que ele não estava.