Juiz da Operação Monte Carlo pediu para ser transferido por motivos pessoais
O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela ação penal derivada da Operação Monte Carlo, foi transferido da 11ª Vara Federal em Goiás, onde trabalha, a pedido. A informação foi confirmada à Agência Brasil pela assessoria de gabinete do magistrado, segundo a qual a transferência ocorreu “por motivos pessoais”.
Nesta manhã, o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) divulgou que Lima saiu do caso porque iria cobrir férias de outro juiz, mas não informava se ele voltaria à vara de origem ao final do período. No entanto, a assessoria do magistrado confirmou que ele deixou o posto definitivamente.
Segundo o TRF1, quem deve assumir o caso agora é o juiz titular, Leão Aparecido Alves, que dividia o trabalho com Lima na 11 ª Vara Federal até então. A troca de juízes deve atrasar o andamento dos processos derivados da Monte Carlo, já que o novo juiz terá que analisar os 53 volumes do caso para tomar qualquer decisão.
A Operação Monte Carlo resultou em duas ações penais na Justiça Federal em Goiás, além de outros inquéritos no Supremo Tribunal Federal envolvendo parlamentares com foro privilegiado. A primeira ação penal que corre em Goiás reúne os oito réus presos por suspeita de participação em um esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste, entre eles, o empresário Carlinhos Cachoeira. No outro grupo, estão os 73 réus que estão soltos.
O juiz Paulo Lima optou por desmembrar o processo para que houvesse mais agilidade na tramitação. No final de maio, ele marcou duas audiências para ouvir os réus presos, mas a medida foi suspensa por decisão liminar do desembargador Fernando Tourinho Neto, do TRF1.
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