Decisão sobre Demóstenes é oportunidade para Senado reconquistar credibilidade, diz tucano
O senador Mário Couto (PSDB-PA) afirmou nesta terça-feira (10) que a decisão sobre o processo de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) é uma oportunidade que o Senado tem de reconquistar a credibilidade do povo brasileiro. Para ele, o Senado está “enlameado” e os parlamentares terão a chance de impedir que a lama o cubra totalmente.
"Estamos aqui para julgar não a dor de um companheiro, mas o que ele fez", afirmou o senador em referência a pronunciamento feito pouco antes, em que Demóstenes falou sobre a dor causada a ele e à sua família.
A votação em plenário do projeto que propõe a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres, está marcada para esta quarta-feira (11), às 10h. O julgamento do senador é fruto da representação do PSOL no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, cuja conclusão foi de que o Demóstenes usou o mandato em benefício do bicheiro Carlinhos Cachoeira, acusado pela Polícia Federal de comandar uma organização criminosa com ramificações políticas e empresariais. Os votos dos senadores serão secretos.
Mário Couto também criticou a demora na convocação do ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, pela CPI que investiga o caso Cachoeira. Para ele, isso pode ter prejudicado as investigações, já que, quando Pagot se oferecia para falar, não lhe foi dada a chance.
"Quando Pagot estava aborrecido, naquele momento em que ele queria vir, talvez ele pudesse esclarecer muita coisa, mas agora já conversaram [e retomaram] o juízo do Pagot, já combinaram tudo com o Pagot", criticou o senador, que disse não acreditar em denúncias consistentes por parte do ex-diretor.
O requerimento para a convocação de Pagot foi aprovado na semana passada.
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