Câmara de Sorriso (MT) cassa vereador suspeito de tramar falso atentado contra colega
O vereador Maximino Vanzella (DEM), do município de Sorriso (412 km de Cuiabá), teve o mandato cassado nesta segunda-feira (3) por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de tramar um falso atentado contra o suplente Cícero Zimmerman, no ano passado. Foram oito votos pela cassação, um contrário e duas abstenções.
A trama era para atribuir a culpa ao então vereador Gerson Frâncio, o "Jaburu" (sem partido), que foi cassado em 2011, junto com mais três parlamentares, por pedir propina ao prefeito Chicão Bedin (PMDB). O objetivo do plano era incriminar Jaburu, que no ano passado fazia forte oposição ao prefeito, que é candidato à reeleição.
Os vereadores que votaram pela cassação levaram em conta o fato de Vanzella ter supostamente cedido seu escritório para a realização de reunião; ter participado do encontro e ter dado ideias para a trama, além de outras acusações. Foram acatados os quatro quesitos apontados pela comissão que apurou as denúncias. No ano passado, a Polícia Civil investigou as denúncias contra Vanzella, mas como não encontrou provas, resolveu arquivar o inquérito.
Com a cassação, o segundo suplente da coligação (DEM-PRB), Francisco Fontenele de Sousa, continua no Legislativo. Ele assumiu em junho, quando Vanzella foi afastado pela Câmara em função das denúncias.
Vanzella contestou o relatório e a decisão da Câmara em cassar o mandato. Disse que “tudo que está lá, mostra que eu não tenho nenhuma culpa. Mas como tem interesse político, eles estão fazendo isso".
Histórico de cassações
No ano passado, a Câmara de Sorriso cassou três vereadores de oposição (Chagas Abrantes, Jaburu e Roseane Marques), acusados de pedirem propina ao prefeito, em troca de apoio no plenário do Legislativo Municipal.
A Comissão de Ética também investigou, há alguns meses, o ex-vereador Paulo da Farmácia, que renunciou ao mandato alegando questões políticas e pessoais, evitando a cassação.
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