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Nova eleição em Novo Hamburgo (RS) deverá ter ao menos cinco candidatos e custará R$ 200 mil

Flávio Ilha

Do UOL, em Porto Alegre

18/12/2012 15h31

A nova eleição municipal na cidade de Novo Hamburgo (região metropolitana de Porto Alegre) terá pelo menos cinco candidatos disputando o voto de 145 mil eleitores. Nesta segunda-feira (17), a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul remarcou o pleito para o dia 3 de março de 2013.

A disputa de outubro foi anulada depois que o prefeito Tarcísio Zimmermann (PT), que obteve 53% dos votos válidos, teve impugnada sua diplomação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com base na Lei da Ficha Limpa.

O prefeito foi condenado por ter participado da inauguração de uma obra pública em período eleitoral em 2004, a convite do então governador Germano Rigotto (PMDB). Ele obteve 78 mil votos na eleição de outubro passado.

De acordo com a legislação, Zimmermann teve seus direitos políticos suspensos por oito anos – o que o tornaria novamente elegível em janeiro de 2013. O prefeito, entretanto, ainda não anunciou se irá disputar a nova eleição.

O segundo colocado na disputa e autor da ação que resultou na impugnação, Paulo Kopschina (PMDB), disse que irá disputar a eleição. O peemedebista obteve 57.085 votos. Dione Moraes, que fez 2.069 votos, também anunciou sua disposição de concorrer.

Vitória conservadora

A impugnação de Zimmermann abriu a possibilidade de o deputado estadual João Fischer (PP) também disputar a eleição. O partido avaliou que o novo cenário eleitoral, com a indefinição da candidatura do PT, abre espaço para a possibilidade de uma vitória conservadora.

Se Zimmermann não for candidato, o PT deverá indicar o deputado Luis Lauermann para a disputa. Enquanto não houver eleição, o futuro presidente da Câmara de Vereadores – que será eleito apenas em janeiro, assume o Executivo de Novo Hamburgo.

O PT articula para que o pedetista Antônio Lucas seja eleito para o cargo, já que foi o vereador mais votado nas eleições de outubro. De acordo com o TRE, será aberto prazo para registro das candidaturas, e, em seguida, haverá um período para campanha.

Até 16 de janeiro

De acordo com resolução publicada nesta terça-feira (18), não haverá propaganda gratuita no rádio e na TV. A nova eleição deve custar cerca de R$ 200 mil, sem incluir os gastos com propaganda eleitoral dos candidatos.

O prazo para registro de candidaturas termina no dia 16 de janeiro. Os partidos têm entre os dias 7 e 9 de janeiro para realizar suas convenções, e a campanha eleitoral estará liberada apenas a partir de 15 de janeiro.

Além de Novo Hamburgo, o Rio Grande do Sul terá novas eleições também em Erechim e Eugênio de Castro. Todas as disputas ocorrerão no dia 3 de março.