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PMDB quer corte de 14 pastas e reforma ministerial já, diz Henrique Alves

Fernando Rodrigues

Do UOL, em Brasília

18/07/2013 06h00

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), recomenda à presidente Dilma Rousseff que faça já uma reforma ministerial e reduza de 39 para 25 o número de pastas.

Em entrevista ao Poder e Política, programa do UOL e da Folha, o deputado peemedebista, que ocupa o terceiro posto na hierarquia da República, sugere também à presidente da República que estabeleça uma agenda de mais conversas com os congressistas e aliados. Cita as reuniões do conselho político (presidentes e líderes partidários) que ocorriam durante o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. “Há quanto tempo não se reúne o conselho político? Eu não me lembro a última vez”.

 

Henrique Alves acha que reforma ministerial deve ser formatada no início de agosto, quando deputados e senadores voltam ao trabalho. A nomeação de fato dos novos nomes ficaria para setembro. Quantas deveriam ser as pastas? “Acho que com a vontade enxugar a máquina, de fazê-la mais objetiva, em torno de 25 ministérios seria do tamanho do Brasil”. Ou seja, um corte de 14 nos 39 existentes na Esplanada.

Há duas lógicas por trás da formulação proposta por Henrique Alves. Uma delas é política. Dilma Rousseff até agora apenas repassou ao Congresso demandas que ela diz ter interpretado a partir dos protestos de rua ocorridos no país em junho.

Agora, ao recomendar o corte de ministros e uma nova equipe para o governo, o PMDB repassa a bola para o Palácio do Planalto. “Há um consenso hoje na questão do número exagerado de ministérios”, diz Henrique Alves. Ele afirma que “os partidos da base deveriam dar essa colaboração, delegando à presidente Dilma ampla liberdade de recompor o seu ministério” e para “reduzir esse ministério sem nenhuma nova imposição partidária, não indicar esse ou aquele”.

Henrique Alves afirma que o PMDB vai ficar com o PT na campanha de reeleição de Dilma, em 2014. E diz confiar na recuperação da popularidade da presidente até o final deste ano. Mas condiciona essa previsão a um rearranjo no ministério e mudança na articulação política.

O presidente da Câmara diz ser necessário “ajudar o Brasil a reencontrar esse caminho que as ruas estão reclamando”. Eximir-se desse processo pode ter consequências nas eleições de 2014. “Nós temos que estar muito abertos a esse reclamo para que a gente mude também e não sejamos mudados”.

Acesse a transcrição completa da entrevista.

A seguir, os vídeos da entrevista (rodam em smartphones e tablets):

1) Principais trechos da entrevista com Henrique Alves (9:13)

2) Alves: PMDB quer reforma ministerial já e só 25 pastas (1:43) 

3) Dilma só se recupera se alterar ministério, diz Alves (0:58)

4) Falta ‘boa política’ no governo Dilma, diz Alves (1:08)

5) Alves: É irresponsável jogar crise para o Congresso (1:30)

6) Dilma se equivocou sobre plebiscito, diz Alves (1:23)

7) Orçamento impositivo será aprovado, diz Alves (1:06)

8) Regras eleitorais serão votadas em agosto, diz Alves (1:19)

9) Carona em voo da FAB deve ter regra, afirma Alves (2:05)

10)  Alves: Câmara deve retirar exigência a quem pede dado (1:37)

11) R$ 100 mil roubados eram de empréstimo, diz Alves (1:41)

12) Quem é Henrique Eduardo Alves? (1:10)

13)  Íntegra da entrevista de Henrique Eduardo Alves (69 min.)

 

Edição e produção: Bruno Lupion; Vídeo: Victor Kitamoto; Apoio: Victor Lobo

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