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No Congresso, Dilma elogia aprovação do Mais Médicos e diz estar em "fase de beijos"

A presidente Dilma Rousseff recebe a medalha comemorativa dos 25 anos da Constituinte, durante sessão solene no Congresso Nacional - Sergio Lima/Folhapress
A presidente Dilma Rousseff recebe a medalha comemorativa dos 25 anos da Constituinte, durante sessão solene no Congresso Nacional Imagem: Sergio Lima/Folhapress

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

09/10/2013 12h03Atualizada em 09/10/2013 12h49

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (9) que ficou “muito feliz” com a aprovação ontem à noite pela Câmara da medida provisória que cria o Mais Médicos, programa federal que inclui a contratação de médicos estrangeiros para atuar no Brasil.

“Fiquei muito feliz com a votação do Mais Médicos”, disse ao deixar o Congresso, onde participou de uma sessão solene em comemoração aos 25 anos da Constituição Federal de 1988.

Pouco antes, indagada sobre o que havia achado da aliança entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), não respondeu. Disse apenas que estava em uma “fase de grandes beijos”, logo depois de cumprimentar o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, com dois beijos no rosto. Perguntada se se referia ao Congresso, afirmou que era “com todo o Brasil”.

Campos é o provável candidato da chapa com Marina Silva para disputar as eleições em 2014, quando Dilma deve ser candidata à reeleição.

Na sessão desta quarta, os deputados deverão votar destaques (sugestões de mudanças) ao texto principal aprovado ontem. “Ao se votar o principal e agora no encaminhamento dos destaques, a posição do governo está consolidada”, afirmou o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que comemorou a aprovação da medida provisória.

Segundo ele, não há mais espaço para mudanças no texto. “Há chance de mudar? Só se a gente perder alguma votação, porque nós vamos orientar por aquilo que já foi acordado com o relator.”

Chinaglia acrescentou que, se acontecer alguma alteração no texto, será em sintonia com a vontade do Palácio do Planalto. “Se o relator entender que alguma mudança deva ocorrer, ele vai estar subordinado, em consonância, melhor dizendo, com o Executivo.”
Para virar lei, a medida provisória ainda precisa passar pelo Senado.

25 anos da Constituição

Também participaram da cerimônia os presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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Na ocasião, foi entregue a Medalha Assembleia Nacional Constituinte aos representantes dos três poderes, a parlamentares e assessores em reconhecimento ao trabalho daqueles que colaboraram com a elaboração da nova Carta.

Cunhadas em ouro, prata e bronze pela Casa da Moeda do Brasil, as medalhas estavam guardadas havia 25 anos nos cofres da Câmara.

Elas foram encomendadas à época da promulgação da Constituição pelo então presidente da Assembleia, deputado Ulysses Guimarães, sem o aval da Mesa Diretora da Câmara. A compra acabou contestada judicialmente, e as medalhas ficaram guardadas todo esse tempo até o processo ser arquivado em 2010.

As medalhas de ouro foram entregues aos presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da República e do Supremo Tribunal Federal. As de prata, aos parlamentares que participaram da Assembleia. Já as de bronze foram destinadas a assessores, consultores e pessoas que contribuíram para a elaboração e a aprovação da Carta.

Discursaram na cerimônia o presidente da Câmara, que lembrou a importância da Constituição, e o deputado federal Mauro Benevides (PMDB-CE), que na época era primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Constituinte, e falou em nome de todos os parlamentares constituintes.