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DF diz que Papuda tem condição de abrigar até Beira-Mar, segundo jornal

Do UOL, em Brasília

07/03/2014 11h58Atualizada em 07/03/2014 12h11

Em resposta à VEP (Vara de Execuções Penais) do Distrito Federal sobre supostos privilégios a condenados do mensalão presos no Complexo Penitenciário da Papuda, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário, órgão do governo do DF, nega ter conhecimento sobre tais regalias e diz que a prisão tem condições de abrigar, inclusive,  detentos perigosos, citando Fernandinho Beira-Mar e Marcola do Primeiro Comando da Capital, segundo reportagem do jornal “Correio Braziliense” desta sexta-feira (7).

Cronologia do mensalão

  • Nelson Jr/STF

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As informações constam de um documento interno de oito páginas que teria sido encaminhado ontem para a Secretaria de Segurança Pública, à qual a subsecretaria penitenciária é subordinada, e que deverá seguir hoje para as mãos do governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), para embasar a réplica aos questionamentos da VEP do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Ao UOL, a Secretaria de Comunicação Social informou que até o fim do dia de hoje deve se manifestar sobre o caso.

Por causa das suspeitas de privilégios, a Justiça determinou na semana passada, a pedido do Ministério Público do Distrito Federal, a suspensão provisória da autorização para o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que cumpre pena no regime semiaberto de 6 anos e 8 meses pelo crime de corrupção ativa, trabalhar fora durante o dia.

Além disso, a VEP também deu prazo para o governador do Distrito Federal explicar os supostos privilégios. No seu pedido, o Ministério Público requer ainda que, caso os problemas não sejam sanados, os presos do mensalão sejam transferidos para presídios federais.

Na cadeia, Delúbio teria comido uma feijoada e teria resistido a tirar a barba, exigência dentro do sistema prisional. Ele também teria recebido uma liderança de um sindicato fora do horário de visita. A defesa dele nega e diz que a história é "fantasia".

Também são apuradas denúncias de privilégios dados ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que receberia visitas fora do horário normal e teria usado um celular, o que é negado pela sua defesa. Dirigentes da Papuda chegaram a pedir demissão após as supostas regalias terem vindo à tona.