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Cabral reaparece e é assediado em diplomação de eleitos no Rio

O ex-governador do Rio participou de cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos - João Laet/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
O ex-governador do Rio participou de cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos Imagem: João Laet/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

15/12/2014 18h03

Sentado na primeira fileira da galeria lateral do plenário da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) na tarde desta segunda-feira (15), o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) não ouviu o próprio nome ser chamado durante a cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos em 2014 no Estado, mas roubou a cena no evento.

Entre sorrisos, abraços e conversas ao pé do ouvido, ele foi assediado pela maioria dos políticos que compareceram à solenidade.

Em abril deste ano, com alta rejeição, Cabral renunciou ao governo fluminense, abrindo espaço para o vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e para a candidatura do filho, Marco Antônio Cabral (PMDB), a deputado federal. Eleitos, os dois foram diplomados pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) nesta segunda.

Desde que deixou o cargo, Cabral pouco apareceu em público. A estratégia visava não transferir o seu desgaste no governo aos correligionários. Após ser reeleito, no último dia 26 de outubro, Pezão dedicou a vitória ao antecessor. Na ocasião, ele chamou Cabral de "irmão" e disse que ele foi o grande responsável pela sua candidatura.

Sorridente durante toda a cerimônia, o ex-governador, que não se candidatou neste ano, deixou o plenário Barbosa Lima Sobrinho minutos antes do fim do evento, sem falar com a imprensa. Ele estava acompanhado da mulher, Adriana Alcelmo, e de um dos filhos.

Pezão descarta PT no governo

Após a diplomação, o governador Luiz Fernando Pezão afirmou que o PT não irá participar do novo governo fluminense e disse que o novo secretariado começará a ser anunciado a partir desta terça-feira (16).

Apesar de o PMDB e o próprio Pezão serem aliados do partido da presidente Dilma Rousseff na esfera federal, no Rio, houve uma ruptura entre as legendas, depois que o diretório estadual do PT decidiu lançar candidato próprio, o senador Lindberg Farias. Os petistas integraram o governo de Sérgio Cabral e Pezão por mais de sete anos.