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Maioria dos políticos condenados no mensalão está fora da cela; veja penas

Do UOL, em Brasília

04/03/2015 21h23

A maioria dos políticos condenados no processo do mensalão está fora da cadeia --cumprindo regime aberto--, pouco mais de um ano após a determinação de suas prisões. No regime aberto, o preso pode trabalhar fora, mas deve dormir e passar os finais de semana em casa. Também deve se apresentar à Justiça quando for solicitado.

O último a ter direito ao benefício foi o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP), que foi liberado para cumprir pena em casa na semana passada.

Também já foram autorizados a cumprir regime aberto o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), Bispo Rodrigues e o ex-tesoureiro do extinto PL Jacinto Lamas.

O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) cumpre pena no regime semiaberto, o que permite a ele trabalhar fora da prisão, mas com a obrigação de retornar à cadeia para dormir.

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses, mas nunca foi preso, pois fugiu para a Itália antes de ser expedido seu mandado de prisão. Ele foi encontrado pela polícia italiana e está preso à espera da evolução do processo de extradição. No mês passado, a Corte de Cassação da Itália decidiu extraditar Pizzolato, revertendo a vitória que o ex-diretor do Banco do Brasil obteve na primeira instância.

Apenas o ex-presidente do PT José Genoino teve a pena extinta e não deve nada para a Justiça em decisão tomada pelo STF nesta quarta-feira (4). A extinção foi tomada por unanimidade e teve como base o indulto natalino decretado pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2014.

Apesar da extinção da pena, Genoino não poderá voltar a disputar cargos eletivos imediatamente, já que renunciou ao mandato de deputado federal em dezembro de 2013 para evitar a cassação. Segundo a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, ele só poderá voltar a disputar cargos eletivos em 2023.

Veja as penas dos outros condenados:

José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil: 7 anos e 11 meses

João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara: 6 anos e 4 meses

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT: 6 anos e 8 meses

Marcos Valério, publicitário: 37 anos, 10 meses e 6 dias

Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural: 14 anos e 5 meses

Valdemar Costa Neto, ex-deputado (PR): 7 anos e 10 meses

Pedro Correa, ex-deputado (PP): 7 anos e 2 meses

Roberto Jefferson, ex-deputado (PTB): 7 anos e 14 dias