Pizzolato corre perigo com extradição, diz defensor italiano
O defensor dos direitos dos detentos da Emilia-Romana, Desi Bruno, disse para o ministro italiano da Justiça, Andrea Orlando, que Henrique Pizzolato corre perigo de vida se voltar para o Brasil.
"Após o pronunciamento da Corte de Cassação, senti a necessidade de escrever rapidamente ao ministro manifestando minha preocupação pela vida de Pizzolato no caso de extradição", disse Bruno. Atuando na região em que o ex-diretor do Banco do Brasil está preso, o defensor destacou que seu "papel de vigilância e de promoção dos direitos das pessoas detidas em âmbito regional faz com que tenha que reapresentar ao ministro da Justiça a situação do senhor Pizzolato".
Para Bruno, o condenado no processo do Mensalão tem cidadania italiana e não quer escapar da prisão após sua condenação, "tanto que se entregou" à Justiça do país. Mas, sua preocupação principal e de seus advogados é o "cenário de violência e morte imposto por detentos a outros presidiários". O defensor diz que a concessão de extradição pode "expor o senhor Pizzolato a um concreto perigo de tratamentos desumanos e degradantes que podem levá-lo à morte". Ele ainda destacou que fará uma visita ao ítalo-brasileiro no presídio de Módena no próximo sábado (21).
Condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do Mensalão, Pizzolato fugiu para a Itália há um ano e cinco meses com um passaporte falso. Apesar da decisão judicial, que permite a extradição do ex-diretor, cabe a Orlando a decisão final para extraditar ou não o brasileiro. (ANSA)
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