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Entenda o que é a Marcha das Margaridas e quem são as participantes

12.ago.2015 - Milhares de pessoas participam na 5ª Marcha das Margaridas, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. O movimento reúne mulheres agricultoras, indígenas, quilombolas e sindicalistas. A marcha trata de reivindicações históricas como agilidade na reforma agrária e igualdade de direitos - Evaristo Sá/AFP
12.ago.2015 - Milhares de pessoas participam na 5ª Marcha das Margaridas, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. O movimento reúne mulheres agricultoras, indígenas, quilombolas e sindicalistas. A marcha trata de reivindicações históricas como agilidade na reforma agrária e igualdade de direitos Imagem: Evaristo Sá/AFP

Da Agência Brasil

12/08/2015 16h22

Margaridas seguem em marcha por desenvolvimento sustentável com democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade. Este é o tema da 5ª Marcha das Margaridas, que espera reunir mais de 70 mil pessoas em Brasília. São trabalhadoras rurais, extrativistas, indígenas, quilombolas que tomam as ruas da capital federal para dialogar com o governo federal sobre suas reivindicações. É a maior mobilização de mulheres da América Latina.

Apesar da grandeza da manifestação que acontece desde o ano 2000, a dimensão da Marcha das Margaridas ainda é pouco conhecida. Por isso, a MEC AM apresenta de segunda a sexta-feira, de 10 a 14 de agosto, às 10h30, o radio documentário “ Marcha das Margaridas – Até que todas sejamos livres”, apresentado e produzido por Denise Viola. Clique aqui e escute o primeiro episódio da semana.

Conheça as principais bandeiras, quem são essas mulheres, como se organizam, as principais conquistas e saber da resposta do governo às reivindicações da 5ª Marcha das Margaridas. A MEC AM vai ouvir as organizadoras da marcha, trabalhadoras rurais de várias regiões do país. E vai ouvir também a resposta do governo federal às demandas das Margaridas.

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Garantia permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, sem comprometer outras necessidades essenciais; acesso à terra e valorização da agroecologia, uma educação que não discrimine as mulheres, o fim da violência sexista, o acesso à saúde, a ser ou não ser mãe com segurança e respeito; autonomia econômica, trabalho, renda, democracia e participação política. Estas reivindicações são fruto de muita discussão, que começa cerca de um ano antes.

O Caderno de Pauta de Reivindicações da Marcha das Margaridas, que já foi entregue ao Governo Federal e ao Congresso Nacional, é resultado de rodadas de discussões coletivas promovidas pela Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais (Contag), em parceria com diversas entidades como a Marcha Mundial das Mulheres, Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB),  Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia (Mama), Movimento Interestadual de Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu, União Brasileira de Mulheres, entre tantas outras parceiras.

No último dia 6 de agosto, a presidente Dilma Roussef, acompanhada dos ministros Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres; Miguel Rossetto, da Casa Civil; Tereza Campello, do Ministério do Desenvolvimento Social e Patrus Ananias, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, recebeu uma comissão da Marcha das Margaridas.

A abertura oficial da Marcha aconteceu na terça-feira (11), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Nesta quarta (12), pela manhã, elas seguiram em marcha até a Esplanada dos Ministérios, e às 15h, de volta ao estádio, recebem do Governo Federal a resposta às suas demandas.

A escolha do nome Marcha das Margaridas e da data é uma homenagem à Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região. Por mais de dez anos à frente do sindicato, Margarida lutou pelo fim da violência no campo, por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário, férias remuneradas. Margarida dizia que “É melhor morrer na luta do que morrer de fome.”