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Manifestantes pró-governo picham agência bancária em São Paulo

20.ago.2015 - Manifestantes picharam vidros de agência bancária na avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo - Márcio Neves/UOL
20.ago.2015 - Manifestantes picharam vidros de agência bancária na avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo Imagem: Márcio Neves/UOL

Do UOL, em São Paulo

20/08/2015 23h03

Manifestantes picharam as vidraças de uma agência bancária na avenida Brigadeiro Faria Lima, próximo à concentração do ato a favor da presidente Dilma Rousseff, na noite dessa quinta-feira (20) em São Paulo. Segundo estimativas da Secretaria de Segurança Pública, 40 mil pessoas participaram do evento organizado por centrais sindicais na capital paulista.

As pichações traziam as frases "Não ao golpe" e "Fica Dilma", aludindo aos processos de impeachment contra Dilma que estão sendo analisados na Câmara. Os movimentos de esquerda querem a permanência da presidente, ainda que façam diversas críticas ao seu governo, como foi visto nas manifestações em todo o país. As calçadas da avenida Faria Lima também receberam algumas pichações com as mesmas frases.

Além disso, um homem foi preso na avenida Paulista por ter apontado lasers contra os helicópteros da Polícia Militar e da imprensa. As informações são da assessoria da Polícia Militar.

A manifestação durou cerca de quatro horas. Ao saírem do largo da Batata, os manifestantes rumaram pela avenida Brigadeiro Faria Lima, depois entraram na avenida Rebouças e avenida Paulista, até encerrarem o ato no vão livre do Masp. O trânsito na Paulista ficou bloqueado nos dois sentidos.

O líder do MTST, Guilherme Boulos, fez críticas aos grupos que organizam manifestações pedindo impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Eles vão na Avenida Paulista dizer que são contra a corrupção, mas ficam de mãos dadas com o Eduardo Cunha (presidente da Câmara) e com o Aécio Neves", bradou Boulos em cima do carro de som.

Boulos chamou Aécio de "playboy de Ipanema que nunca fez nada pelo povo" e também direcionou críticas ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que tachou de "banqueiro prepotente". "Não viemos aqui para defender nenhum governo, mas viemos rechaçar um ajuste fiscal que esta tirando direitos dos trabalhadores", afirmou.

Os manifestantes mostraram bonecos de Aécio Neves,  do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vestidos de presidiários durante o protesto. 

* Com Estadão Conteúdo