Para Mendes, gravações apontam que nomeação de Lula é para parar processos
Ao suspender a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes considerou que as gravações das ligações telefônicas do petista demonstram uma tentativa de parar as investigações das operações Lava Jato e Zelotes. As investigações judiciais têm Lula como um dos alvos.
"(...) pairava cenário que indicava que, nos próximos desdobramentos, o ex-presidente poderia ser implicado em ulteriores investigações, preso preventivamente e processado criminalmente;.A assunção de cargo de ministro de Estado seria uma forma concreta de obstar essas consequências.", escreve Mendes. "As conversas interceptadas com autorização da 13ª Vara Federal de Curitiba apontam no sentido de que foi esse o propósito da nomeação."
O ministro do STF cita em sua decisão vários diálogos de Lula que foram interceptados pela Lava Jato, como falas com Dilma e correligionários, além da crítica de que o tribunal é uma corte acovardada.
Entre as conversas citadas está a de Lula com Dilma, cuja validade legal está sendo contestada, já que a interceptação foi feita pela PF, após decisão do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinar o encerramento do grampo. "No momento, não é necessário emitir juízo sobre a licitude da gravação em tela.", afirma o ministro.
Além de decidir que as investigações contra o ex-presidente continuem sob o comando de Moro, o ministro informa que sua decisão não anula outras ações populares em varas federais do país que também visam impedir a posse de Lula.
A Advocacia-Geral da União ainda não se manifestou sobre o assunto.
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