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Temer comanda "operação do golpe", diz líder do governo

José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara - Renato Costa/Folhapress
José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara Imagem: Renato Costa/Folhapress

Colaboração para o UOL, em Maceió*

28/03/2016 12h28

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), elevou o tom das críticas e acusou o vice-presidente Michel Temer (PMDB) de estar no comando do que chamou de "operação do golpe".

"Por mais que o vice Michel Temer esteja no comando dessa operação do golpe, duvido que os senadores e os deputados queiram abrir mão dos espaços que eles têm no governo. São espaços enormes", disse o deputado ao site do jornal "Diário do Nordeste", na manhã desta segunda-feira (28), no aeroporto de Fortaleza.

A fala foi dada antes de embarcar para voo com destino a Brasília.

Nessa terça-feira (29), Temer --que é presidente do PMDB-- comanda reunião do diretório nacional do partido que vai decidir sobre o desembarque pemedebista do governo Dilma Rousseff.

O deputado cearense disse ainda que "está trabalhando muito" para evitar a saída do PMDB do governo, mas alega que não pretende insistir.

"A minha ida hoje cedo [a Brasília] é para trabalhar muito. O melhor caminho é manter o PMDB no governo, mas evidentemente depende deles. Não estamos para adular ninguém", afirmou.

Guimarães ainda afirmou que vê a posição do PMDB como um problema "exclusivamente político."

"Não há razão nenhuma para esse golpe, e estamos mobilizando o Brasil. E a mobilização está em todo canto, e eles [o PMDB] estão acuados porque a história não vai jamais esquecer daqueles que quiseram o golpe ", pontuou.

A assessoria de imprensa de Michel Temer (PMDB) disse, por telefone, que não iria responder diretamente às declarações de Guimarães.

"Os ministros do STF [Supremo Tribunal Federal] têm respondido a essa questão publicamente", disse a assessoria do vice-presidente.

No último sábado (26), o ministro Celso de Mello, decano do STF, gravou um vídeo no qual ele afirmava que a "figura do impeachment não pode ser reduzida à condição de mero golpe de Estado".

*Colaboração do UOL Notícias, em Brasília

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UOL Notícias