Filho de Cerveró falta a reunião, e Conselho de Ética desiste de testemunho
Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, faltou à reunião do Conselho de Ética do Senado nesta terça-feira (29). Ele havia sido convocado como testemunha no processo disciplinar contra o senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS).
Segundo o senador João Alberto Souza (PMDB-MA), a advogada de Bernardo Cerveró justificou a ausência dizendo que ele está no exterior, em local "incerto e desconhecido". O ex-advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, e o ex-chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, também foram convocados e não compareceram por estarem em prisão domiciliar. O Conselho decidiu, então, desistir de ouvir as três testemunhas.
No ano passado, Bernardo Cerveró gravou uma conversa em que o senador Delcídio do Amaral oferece R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras para que ele não fizesse um acordo de delação premiada na operação Lava Jato. Edson Ribeiro e Diogo Ferreira também participaram da conversa.
Defesa pede suspensão do processo
Na reunião desta tarde, o Conselho analisou pedidos da defesa de Delcídio do Amaral, entre eles a suspensão do processo até que termine a licença-médica do senador, o que foi negado.
O Conselho convocou o senador para depôr no dia 7 de abril, ao fim da licença. Os advogados de defesa, porém, não garantiram que ele vai comparecer.
A defesa também teve negados os pedidos de participação de novas testemunhas e a perícia sobre a gravação de Bernardo Cerveró. Por causa disso, Adriano Bretas, advogado de Delcídio, afirmou que vai pedir novamente a suspensão do processo.
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