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Se Temer se comprometer com agenda tucana, terá nosso apoio, diz Aécio

Da esq. para dir.: O vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se encontraram na residência oficial do Senado - Pedro Ladeira/Folhapress
Da esq. para dir.: O vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se encontraram na residência oficial do Senado Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Fabiana Maranhão

Do UOL, em Brasília

27/04/2016 13h45Atualizada em 27/04/2016 13h58

O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), declarou nesta quarta-feira (27) que o partido apoiará um eventual governo do PMDB se o vice-presidente Michel Temer se "comprometer" com a "agenda" tucana.

"O PSDB não faltará ao Brasil. O partido apoiará uma agenda de reformas no Congresso Nacional. E vamos dar nossa contribuição: tornar pública no início da próxima semana qual é essa agenda. Se o presidente se compromete com essa agenda, terá o nosso apoio", afirmou.

Aécio recebeu uma visita de Temer na manhã de hoje e voltou a encontrá-lo, no começo da tarde, na residência oficial do Senado, em Brasília, quando foi até lá para uma reunião com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os três posaram juntos para imagens.

"Foi uma visita de cortesia [que recebeu de Temer], reiterando a sua intenção de ampliar as conversas com o PSDB e fazê-las institucionalmente", relatou o presidente tucano.

Aécio disse que explicou ao vice-presidente que a preocupação do seu partido é com uma "agenda emergencial para o Brasil, que comece pela preservação das investigações da [Operação] Lava Jato, passe pela qualificação dos programas sociais, mas que também tenha uma ênfase grande na qualificação do Estado, na diminuição no número de ministérios e, obviamente, ações na área econômica".

O senador negou que o apoio do PSDB esteja ligado a ocupação de ministérios e cargos em um futuro governo Temer. "O apoio do PSDB não está vinculado a qualquer ocupação de espaço público, a qualquer cargo. Não vamos entrar nesse tipo de negociação."