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Após duas votações, Telmário muda e vota a favor de impeachment

O senador Telmário Mota (PDT-RR) havia declarado voto "não" à admissibilidade do processo de impeachment em maio - Eduardo Anizelli - 11.mai.2016/Folhapress
O senador Telmário Mota (PDT-RR) havia declarado voto "não" à admissibilidade do processo de impeachment em maio Imagem: Eduardo Anizelli - 11.mai.2016/Folhapress

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

31/08/2016 14h06

Senador que vinha atuando na defesa da presidente Dilma Rousseff, cassada por um processo de impeachment nesta quarta-feira (31), Telmário Mota (PDT-RR) mudou de lado na última votação do processo e votou favoravelmente a que Dilma perdesse o cargo.

Telmário afirmou, no entanto, em nota divulgada por sua assessoria, que votará contra a pena de que a petista fique proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos oito anos.

Por decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, as duas penas do impeachment, a perda do cargo e a proibição de ocupar cargos públicos, serão votadas separadamente pelo Senado.

Na nota, Telmário afirma que Dilma não cometeu crime e que o impeachment foi aprovado por causa da perda de apoio político da petista.

“Considero que a presidente Dilma não foi afastada pela pratica de crime algum, mas sim por posturas políticas adotadas, que não foram capazes de conquistar uma base de apoio congressual minimamente favorável ao seu governo”, diz o texto assinado pelo senador.

“Não votei com alegria ou satisfação. Votei com o mais profundo sentimento de responsabilidade e compromisso com o povo de Roraima”, afirma Telmário.
Nas duas primeiras votações do impeachment no Senado, Telmário havia votado em defesa de Dilma.

A primeira votação, em maio, determinou o afastamento temporário de Dilma. A segunda, em 10 de agosto, tornou Dilma ré e determinou que ela fosse a julgamento.