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Lula e Dilma chegam a Cuba para homenagens a Fidel Castro

Lula diz que Fidel foi "voz de luta e esperança"

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Do UOL, em São Paulo

03/12/2016 21h12Atualizada em 04/12/2016 14h27

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff chegaram neste sábado (3) a Santiago de Cuba para as homenagens póstumas a Fidel Castro. O líder cubano morreu no último dia 25, aos 90 anos.

A defesa de Lula havia informado ao juiz Sergio Moro, na última quinta-feira, que o petista viajaria à ilha entre os dias 4 e 5 de dezembro. 

Os dois desembarcaram no aeroporto internacional Antonio Maceo, onde foram recebidos pelo presidente da Bolívia, Evo Morales. No local, Lula afirmou à imprensa que Fidel Castro era "o último mito vivo". "Tive o prazer de conviver com Fidel por quase 30 anos. Antes, durante e depois da minha presidência. Poucas vezes conheci uma pessoa com o comportamento e dignidade de Fidel", disse.

O ex-presidente disse, ainda, que ficou "muito nervoso" com a repercussão da morte do líder cubano na imprensa brasileira.

Eles não trataram o Fidel com o respeito que ele merece. Qualquer um tem o direito de discordar, mas as pessoas não podem perder o respeito.

Autorização para a viagem

Atualmente réu na Justiça Federal em Curitiba, acusado de receber R$ 3,7 milhões em propinas da OAS, Lula não está proibido de viajar. Pela lei, ele só é obrigado a notificar sobre sua eventual saída do país, indicando onde vai ficar, caso viaje por mais de uma semana.

Apesar disso, a defesa do ex-presidente optou por avisar a Moro e aos outros juízes responsáveis pelos processos envolvendo o petista. Ele responde a outras duas ações penais na Justiça Federal no Distrito Federal e a um inquérito no Supremo Tribunal Federal.