Renúncia, Constituição, união: presidenciáveis se pronunciam sobre acusação contra Temer
Cotados para as eleições presidenciais de 2018 segundo a última pesquisa Datafolha, políticos como Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (SDB), Jair Bolsonaro (PSC) e Ciro Gomes (PDT) se pronunciaram sobre as últimas denúncias envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB).
Segundo o jornal “O Globo”, o dono da JBS, Joesley Batista, afirmou em delação premiada que Temer sabia da compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso pela Operação Lava Jato – o valor seria de R$ 5 milhões.
Joesley Batista encontrou Temer no dia 7 de março no Palácio do Planalto. O empresário registrou a conversa com um gravador escondido. Em um trecho, Joesley inicia um diálogo sobre o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Após perguntar qual era a atual relação entre Temer e o ex-deputado, o empresário diz que zerou "tudo o que tinha de pendência" com Cunha. Mais para frente, no diálogo, Joesley afirmou: "eu tô bem com o Eduardo". Ao que Temer respondeu: "e tem que manter isso, viu". O diálogo, porém, tem trechos inaudíveis, tornando inconclusiva uma possível referência a um aval de Temer aos pagamentos mensais.
Veja o que têm a dizer os presidenciáveis sobre a crise instaurada no país após denúncia da JBS:
[É preciso] olhar para a Constituição. Ela tem as respostas todas. Evidentemente nós vamos entrar agora num debate. Vamos aguardar os desdobramentos, muita coisa ainda vai rolar. (...) Vamos trabalhar, vamos produzir, vamos atender as convocações das nossas mediações, das nossas centrais, das nossas entidades estudantis, dos nossos sindicatos, mas fundamentalmente: vamos nos apegar à Constituição” Ciro Gomes (PDT)
A solução mais indicada é ele renunciar, pois é mais rápido. Não tenho um grande apoio entre os parlamentares e não vou concorrer [em caso de eleição indireta] para pagar um mico” Jair Bolsonaro (PSC)
A crise política está se agravado de forma dramática. O presidente da República não está mais em condições de governar o Brasil (...) O que aconteceu na verdade é que, mais uma vez, sabotaram os fundamentos da República e da democracia” Marina Silva (Rede)
Qualquer solução fora da constituição não seria solução e sim problema. O Brasil pede que todos os fatos sejam apurados com rigor, da mesma forma os brasileiros anseiam pela retomada do crescimento" Geraldo Alckmin (PSDB)
As gravações, as provas, os indícios são todos muito claros de que a República está podre. As instituições estão apodrecidas (...) Nesse momento, é preciso impedir a continuidade desse governo ilegítimo” Luciana Genro (Psol)
Os fatos revelados hoje são muito graves. Neste momento, devemos proteger o Brasil. Devemos todos ter serenidade para que as medidas que visam devolver o país para o rumo do crescimento não sejam paralisadas” João Doria (PSDB)
Diante da recusa dos fatos, o gesto que se esperava era a renúncia para minimizar e dar mais celeridade à resolução da crise. O presidente não nos dá outra solução que não dar início ao processo de afastamento” Ronaldo Caiado (DEM)
Lula não se pronunciou oficialmente sobre as conversas entre Joesley e o presidente Temer, mas já se declarou candidato à Presidência pelo PT em 2018 em várias ocasiões.
Apesar de seu nome não constar da pesquisa Datafolha e de já ter afirmado que não tem intenção em concorrer ao Planalto em 2018, o apresentador Luciano Huck é apontado como um possível nome para a disputa. Ele ainda não se pronunciou sobre as últimas notícias.
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