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"Repercussão" faz irmã de Aécio ir para cela individual em MG; polícia investiga vazamento de foto

Ficha de Andrea Neves no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em MG - Reprodução
Ficha de Andrea Neves no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em MG Imagem: Reprodução

Túlio Rezende

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

18/05/2017 18h24

A jornalista Andrea Neves, irmã do senador e presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves (MG), presa nesta quinta-feira (18), em Belo Horizonte, pela PF (Polícia Federal), vai ocupar uma cela individual no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na capital mineira.

Andrea é acusada de ter pedido o dinheiro para Joesley Batista, um dos donos do grupo JBS, em nome do irmão. O dinheiro foi dado ao seu primo Frederico Pacheco de Medeiros, que teria sido filmado recebendo os R$ 2 milhões. Andrea foi presa com outros investigados: o primo Frederico, uma irmã do operador Lúcio Funaro, de nome Roberta, além de um assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). A casa de Andrea e a de seu irmão foram alvos de busca e apreensão. 

Segundo a Seap (Secretaria de Estado de Administração Prisional), ela deu entrada na unidade às 14h40 desta quinta. Ainda conforme o órgão, a mulher vai ficar em uma ala separada do pavilhão principal, em uma cela que mede 2,50 x 3,00 metros. O recinto dispõe de cama, vaso sanitário e um chuveiro. 

Uma foto da irmã do senador foi vazada. O Serviço de Inteligência da Seap já está apurando as responsabilidades pela circulação das imagens. "A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) não divulga fotos de pessoas quando elas dão entrada no Sistema Prisional nem o número de registro", afirma, em nota.

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A prisão de irmã de Aécio Neves em local separado se deu, conforme a secretaria, "em razão do tipo de crime, das condições em que se deu a prisão e da repercussão do caso. A nota emitida pela Seap diz que há previsão legal para essa medida para garantir a responsabilidade do Estado no tocante à "integridade física da detenta".

A secretaria afirmou que Andrea terá direito a quatro refeições diárias, banho de sol, assistências médicas e psicossocial, além de direito a visitas.

A operação foi batizada de Patmos, em referência à ilha grega onde, segundo a Bíblia, são João recebeu as revelações sobre o Apocalipse. Aécio foi afastado do cargo pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Na decisão do ministro Edson Fachin relativa ao afastamento de Aécio, foi determinado que ele não mantenha contato com outros investigados e a proibição de deixar o país. 

A informação é de que a operação já estava programada, mas teria sido antecipada depois do vazamento do conteúdo da delação, que também implicou o presidente Michel Temer (PMDB).

Ao todo, cerca de 200 policiais federais cumpriram 49 mandados judiciais, sendo 41 de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva nos Estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão, além do Distrito Federal.