Defesa de Vaccari, ex-tesoureiro do PT, pede absolvição em processo da Lava Jato
A defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pediu sua absolvição em processo da Operação Lava Jato no qual ele responde por arrecadar propinas milionárias decorrentes de contratos da Petrobras com a SeteBrasil.
Em suas alegações finais no processo, os advogados Luiz Flávio Borges D'Urso e Ricardo Ribeiro Velloso dizem que uma sentença não pode ser baseada apenas nas palavras de delatores. Segundo D'Urso e Velloso, nada foi provado contra Vaccari.
"Durante várias páginas de suas Alegações Finais, o Ministério Público Federal descreve como supostamente teria se dado a participação do acusado Sr. Vaccari, na empreitada criminosa confessada pelo delator Pedro Barusco [ex-gerente de Serviços da Petrobras] e outros delatores, entretanto, tudo não passa de exercício de imaginação, pois nada foi provado, e não o foi por não corresponder à verdade", afirmam os advogados de Vaccari.
O MPF pede a condenação de Vaccari por corrupção passiva. O ex-tesoureiro do PT é acusado de receber dinheiro em espécie e direcioná-lo a pessoas ligadas ao partido, como os marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que também são réus no mesmo processo.
Segundo Barusco, o ex-ministro Antônio Palocci --outro réu no processo-- teria atuado para que a SeteBrasil vencesse a licitação para a construção de 21 navios-sonda para a exploração do pré-sal. A empresa venceu a disputa e subcontratou o estaleiro Enseada do Paraguaçu --empresa cujos acionistas são Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki-- para fabricar seis navios-sonda por R$ 28 bilhões.
A propina pedida seria cobrada do valor dos contratos com o estaleiro, num total de R$ 252 milhões, que seriam repartidos entre o PT e ex-dirigentes da Petrobras e da SeteBrasil.
No entanto, de acordo com as alegações finais do MPF, este dinheiro não foi pago apesar dos pedidos de propina.
Vaccari já foi condenado em quatro outros processos da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná. Somadas, as penas passam de 40 anos de prisão. Os casos ainda não foram julgados em segunda instância. O ex-tesoureiro do PT cumpre prisão preventiva por ordem do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, desde abril de 2015.
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